Mesmo jogando bem, Atlético amarga mais uma derrota e torcida vai perdendo a paciência com a falta de gols

Luiz Linhares*

Definitivamente, o momento também não é bom para o Atlético Mineiro. A paz e a paciência da torcida estão se esgotando. O Galo amargou a quarta derrota de forma consecutiva, mesmo estando jogando mais uma vez bem, criando e muito das vezes envolvendo seu adversário.

Ou seja, joga bem sem reverter em gols esta ação. O resultado foi mais uma derrota injusta. Esta derrota contra o Botafogo pode-se até creditar, em parte, à arbitragem que marcou pênalti contra o Galo em toque de mão do zagueiro Igor Rabello, o que resultou ainda em sua expulsão.

Lance avaliado pelo árbitro de vídeo e de várias interpretações, com arbitragem negativa para o Atlético. Com desvantagem no placar e com um jogador a menos em campo, faltou ao  Atlético a tranquilidade para fazer de sua boa conduta em campo, em momentos reais, para que fosse traduzido em gols.

O Atlético sofre muito para finalizar, sem definir as jogadas. Em vários momentos, é mais interessante que o jogo fique feio, desde que com intensidade se busque o gol. É hora de reagir. Ao cair na tabela, se afasta dos primeiros e vai ficando sem condições para buscar algo positivo na disputa.

Para ver luz no fim do túnel, Ceni quer apoio para fazer mudanças profundas no time celeste

O Cruzeiro atravessa um momento crítico sem precedente. Chegou literalmente ao fundo do poço. Dois tropeços seguidos e com significados devastadores de forma geral. Perder em Porto Alegre uma vaga para o Internacional na disputa pela Copa do Brasil não tem nada de anormal. Afinal, são duas grandes e vencedoras equipes do futebol brasileiro.

O que não se pode aceitar é a forma passiva em que a derrota se formou. Após a chegada do treinador Rogerio Ceni se criou uma atmosfera de esperança e confiança em que algo de bom poderia acontecer e que se superasse uma série de obstáculos que levaram o clube de forma geral a situações complicadas e difíceis.

Na pratica foi tudo ao contrário. O jogo seguiu com erros seguidos e inadmissíveis, grosseiros até pelo profissionalismo dos atletas e disputa. O time celeste foi envolvido e facilmente dominado. Resultado: levou uma goleada de três gols com situações para muito mais. Foi justo a eliminação.

E o que é inacreditável é a passividade de alguns atletas como da equipe de forma geral. Ao que parece, quase todos atletas foram picados pela peste da incapacidade. O time perdeu sem luta ou reação. Algo para se esquecer.

Mas pelo visto, não bastou o vexame do Sul, jogando na Arena Independência contra o Grêmio, quando leva uma goleada e um baile de futebol, dominado desde o apito inicial até o final. Levou quatro gols, errou o que podia e não podia.

O que se viu na partida foram jogadores dispersos, sem o mínimo de criatividade e produtividade. Com razão, o torcedor ficou atônico e perplexo com a situação, o que deixou o próprio treinador Rogerio Ceni abatido e sem conseguir vislumbrar a luz no fim do túnel.

Foi para coletiva dizendo que só comparecia pela obrigatoriedade, com o treinador já falando até em sair se não conseguir bons resultados e ter, para isso, respaldo para mudanças profundas que vão desde a capacitação de alguns atletas a afastamento de outros que não têm demonstrados espírito de grupo e rendimento por si só.

A verdade é incontestável: há muito o Cruzeiro não vive situação tão delicada e temerosa. Algo precisa acontecer de imediato, agora, antes que tudo possa não ser mais reversível. Acertar o time e a casa são missões para quem tem força. Tomara que algo de bom aconteça na Toca da Raposa.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM

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1 Comentário

  1. O Cruzeiro precisa urgentemente enxugar a máquina. Reduzir a folha de pagamento tirando os jogadores inúteis, caros e polêmicos como Thiago Neves, por exemplo.
    Tem que afastar a diretoria, apurar as denuncias e fazer uma nova eleição. Urgente porque estamos no meio do Brasileirão e ainda há tempo de safar da segundona.

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