Enfim, a massa atleticana e jogadores soltam o grito no Mineirão: é campeão

Luiz Linhares*

O grito ficou contido quando já em rodadas anteriores o título já era certo. Mas enfim, time e torcida atleticana se soltaram e comemoraram antecipadamente o título do Brasileiro. Foi um jogo duríssimo nesse domingo (28) contra o lutador Fluminense dentro do Mineirão lotado, com ansiedade batendo na casa de 100%.

Foi uma vitória de virada com participação do VAR e muita adrenalina na busca da imposição em campo. Certo é que o Atlético é o time a ser batido nesta e quem sabe em tantas outras temporadas que virão. Mas certamente não será tarefa fácil.

Para o carimbo oficial de campeão do Brasileiro ainda falta um ponto para se tornar inalcançável até a última rodada. É o que pode ocorrer nesta terça-feira (30), sagrando-se campeão sem jogar caso ocorra um tropeço do Flamengo, com um empate ou derrota contra o Ceará, no Maracanã.

Se o Flamengo vencer, o Galo pode sagrar-se campeão com um simples empate contra o Bahia, na quinta-feira, às 18h, na Arena Fonte Nova, Salvador, pela atrasada 32ª rodada do Brasileiro.

A campanha vitoriosa do Atlético foi justa e merecida, sem desprezo pelos seus adversários. Na vitória contra o Fluminense, de mãos dadas atletas e treinador partiram na direção do torcedor aos gritos de é campeão.

Tudo justíssimo, retrato da eficiência e um título plantado, trabalhado, orquestrado que coloca o Clube Atlético Mineiro em outro patamar, digamos no top 3 do futebol sul-americano.

Se tem quem merece a idolatria do torcedor é o sergipano Hulk, investimento antes até contestado e que agora vira símbolo de um novo estágio do clube. Tem raça, é guerreiro e vem se destacando a cada jogo seu entre os maiores ídolos desta nação atleticana.

O que mais impressiona é o equilíbrio do time, mesmo quando cai o grau de qualidade em momentos do jogo e sempre se define. É um time que sabe atacar e atacar. E que tem criação variada, alternada a cada momento e sempre contando com a válvula mestre, tendo Hulk ou Keno sempre se fazendo presente.

Por isso o grito contido enfim já se pode soltar: o Atlético é o campeão do Brasileiro 2021. É campeão porque soube se encontrar. E tem ainda pela frente a decisão pela Copa do Brasil contra o Atlético Paranaense, um jovem time também acostumado a ganhar títulos. Mas o Atlético tem tudo para vencer mais essa disputa nacional quando chegar dezembro.

Palmeiras é campeão da Libertadores enquanto o Flamengo fica só com o carioquinha

Pena que a Libertadores fugiu do Atlético entre os dedos ao perder a classificação sem ser derrotado pelo Palmeiras que se classificou com dois empates e gol na casa do adversário. O time paulista foi estratégico e cirúrgico na disputa com o time mineiro.

Voltou a fazer o mesmo com o Flamengo na decisão em Montevidéu. Foi quando novamente se opôs ao jogo, encontrou um gol no início e suportou ver o adversário jogar até sofrer o empate.

Foi quando o Palmeiras volta ao jogo estratégico. E contando com o erro adversário, conquista o bi da América. O Palmeiras não tem o melhor time, está abaixo de Atlético e do Flamengo, mas, soube jogar. Méritos para a articulação de seu treinador, que traçou o plano para ser campeão e o resto faz parte do jogo.

Palmeiras é bi da Libertadores e vai novamente disputar o Mundial de clubes. Méritos ao verdão. Já para o Flamengo lunático foi um ano só de carioquinha.

Que o Cruzeiro renasça em 2022 para o azul celeste voltar a brilhar em campo

O torcedor do Cruzeiro lotou o Mineirão na última semana para se despedir do time no ano. Prova de amor e aval para um momento que parece ser a divisória entre o que foi e o que será. Não existe outro caminho que não a transformação e a ressurreição de um novo Cruzeiro.

Que seja de brasileiro, árabe, americano ou paquistanês, não importa. O que vale é voltar a ser um time com comando e com profissionalismo para ser o que sempre foi. Anúncios de investimentos e contratações renovam as esperanças para 2022 seja apenas mais um ano na divisão segunda, um ano a mais fora de sua casa. E que o azul celeste volte a ser brilhante.

Nesta temporada, foi mais um ano frustrante. O Cruzeiro termina na 14ª posição na tabela. Portanto, nada a ser comemorado. Mas resta a esperança de renovação com novos investidores e com estrutura de time campeão.

Com Vanderlei Luxemburgo no comando, Alexandre Matos gerindo o futebol, são mostras que tudo pode mudar na próxima temporada. É o que o torcedor espera, conforme foi demonstrado no estádio na última partida do ano, ainda que com um mero empate. A empatia do torcedor demonstrada na despedida de Rafael Sobis e Ariel Cabral não se encontra em nenhuma esfera.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM.

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