Escritor que viveu em Itabira, a “sua melhor amiga”, ganha tese de doutorado: Vidas matáveis em Cornélio Penna
O escritor Cornélio Penna, em sua residência no Rio, RJ
Foto: BN-Rio/ Pesquisa: MCS
A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) lança nesta terça (28), Vidas matáveis em Cornélio Penna, um livro inovador sobre a obra de um dos principais modernistas do Brasil.
No título, o autor Luiz Eduardo Andrade revisita os romances de Penna a partir de termos como “biopolítico”, “estado de exceção”e “homo sacer” (homem sacro; vida matável).
A obra é um trabalho de fôlego teórico. O autor pesquisa a obra de Penna há 17 anos e esse livro é o resultado da sua tese de doutorado na UFMG.
O evento de lançamento acontece no auditório do Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), no bairro das Graças, nesta terça-feira, a partir de 19h.
Com entrada gratuita, o lançamento contará com um bate-papo entre o autor e o escritor e presidente do Conselho Editorial da Cepe, Fábio Lucas.
Literatura e interpretaçãoAo mesmo tempo em que mostra o talento artístico do ficcionista fluminense de alma itabirana, Luiz Eduardo expõe a vertente crítica de seus escritos.
Os romances de Penna avaliam elementos que fizeram o patriarcado se manter à frente do poder econômico, político e ideológico do país: a exploração do corpo das mulheres e dos escravizados nos séculos XIX e XX.
“Nesta obra, exploro, a partir da obra de Cornélio Penna, o que é a vida em seus múltiplos aspectos biopolíticos, entrelaçando literatura e uma interpretação de quem somos nós na história do Brasil”, revela Luiz Eduardo Andrade.
Sobre o autor

Professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Eduardo Andrade tem doutorado em estudos literários pela UFMG e estuda obra de Cornélio Penna há 17 anos.
É autor do livro O medo à espreita: estudo sobre A menina morta, de Cornélio Penna (Appris, 2022) e organizador dos livros De monstros e maldades (Appris, 2015), com Josalba Fabiana dos Santos, e Comer com os olhos: comida, cultura e cinema, em parceria com Sabrina Sedlmayer e Rafael Climent-Espino (Autêntica, 2024) e Na ponta do alfinete (Moinhos, 2024).
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