O segundo ato público Fora Bolsonaro em Itabira, realizado neste sábado (3), com concentração em frente à estação rodoviária, passeata pela avenida João Pinheiro e término na praça Acrísio Alvarenga, foi marcado, mais uma vez, pela inclusão do governador Romeu Zema (Novo) nos protestos contra os que fazem pouco caso da vida frente à pandemia, que já vitimou mais de 523 mil brasileiros, com mais de 46,8 mil óbitos em Minas Gerais.
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“Fora Bolsonaro, que faz pouco caso da existência de um vírus que tem matado tantos brasileiros, pessoas amadas que deixam saudades”, discursou a a coordenadora em Itabira do Sindi-UTE/MG, Vanderléia de Freitas.
“E fora Zema, esse governador que não representa o povo mineiro, que comete o absurdo de querer voltar com as aulas presenciais em um momento crítico, com alta taxa de transmissão no estado, sobretudo entre os jovens”, protestou. “É um retorno alinhado com a política genocida de Jair Bolsonaro”, qualificou.
Na sequência, a sindicalista exaltou a decisão do prefeito Marco Antônio Lage (PSB) ao suspender a volta às aulas presenciais nas escolas estaduais até 31 de julho.
A decisão foi oficializada por meio do decreto municipal 1.053, assinado nessa sexta-feira (2), no dia seguinte à reunião que manteve com representantes do Sindi-UTE/Itabira, realizada após manifestação na noite anterior na porta da Prefeitura, durante a transmissão da live semanal do prefeito.
O decreto municipal, contudo, mantém o acompanhamento escolar não presencial, com as atividades pedagógicas sem presença de estudantes e professores nas escolas. A decisão foi exaltada pela sindicalista já no encerramento do ato público, na praça Acrísio Alvarenga.
“Tivemos a reunião com o prefeito da nossa cidade e já foi assinado o decreto. O prefeito acerta ao proteger a vida dos trabalhadores no ensino, das crianças e da comunidade itabirana”, salientou a sindicalista, que havia solicitado a suspensão pelo prefeito na manifestação do dia 19.
Onda verde
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Outra decisão tomada pelo prefeito, também citada no ato público, foi o retorno do passe livre para os idosos em horário integral no transporte coletivo da cidade. “Lutamos pelo passe livre integral para os idosos. Agora o prefeito restituiu nosso direito”, disse a representante da Pastoral da Pessoa Idosa, Noêmia Maria Magalhães Madeira.
O retorno desse direito foi possível com Itabira evoluindo para a onda verde a partir deste sábado, de acordo com o programa Minas Consciente, que regulamenta o funcionamento das atividades durante a pandemia.
Pelo decreto municipal assinado pelo prefeito neste sábado, foram flexibilizadas várias medidas, mas não a volta às aulas presenciais no município. Fica assim valendo a decisão de só retornar com o ensino presencial após a imunização de todos os profissionais de ensino no município.
Impeachment já
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Os manifestantes além de pedirem o impeachment do presidente, reivindicam também o avanço na campanha de vacinação, além da defesa do emprego e auxílio emergencial digno, com repúdio à esmola que o governo federal oferece aos milhões de brasileiros que vivem em condições de pobreza e extrema pobreza.
O ato público deste sábado acontece em meio aos escândalos de corrupção descobertos na CPI da Covid. Os organizadores entendem que o país vive a maior crise sanitária de sua história com a pandemia, sendo, portanto, necessária a mobilização nacional para se fazer frente ao genocídio em curso pelo descaso e negligência do governo.
E à frente dessa “política necrófila” está, segundo os manifestantes, o próprio presidente que desdenha do uso de máscara, promove aglomerações e que fez da necessária compra de vacinas uma grande negociata às custas da vida de milhares de brasileiros, conforme tem revelado a CPI da Covid.
Cuidados necessários
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Para o ato público, assim como ocorreu na manifestação anterior, os organizadores distribuíram máscaras PFF2 entre os participantes, com a recomendação para que todos mantenham o distanciamento social e façam uso frequente de álcool em gel para a assepsia das mãos.
Além de membros da sociedade civil, a manifestação contou com a participação dos coletivos Itabira Antirracista e Mulheres na Praça, o Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira, Unidade Classista, Brigadas Populares, Fórum pelos Direitos e Liberdades Democráticas, SindUTE, SintUnifei, a UJC, e os partidos PT, PCB, PSOL e PSTU de Itabira.
Mais protestos
O ato público deste sábado integra uma agenda pró-impeachment mais ampla, com nova manifestação prevista para o dia 13 de julho. É quando ocorre o Dia Nacional de Luta dos trabalhadores dos Correios contra as privatizações das estatais e pelos povos originários indígenas.
Na mesma data, haverá em Itabira uma Assembleia da Classe Trabalhadora. Posteriormente, para o dia 24 de Julho, está programado mais um ato Fora Bolsonaro e Mourão.