Vereadores pedem a reabertura do presídio do Rio de Peixe e prefeito diz que deve protocolar pedido na Sejusp nos próximos dias

Fotos: Carlos Cruz

O vereador Bernardo Rosa (Avante), que tem se empenhado pela reabertura do presídio do Rio de Peixe, em Itabira, espera que seja colocado em prática o que está disposto no termo de compromisso, assinado pelo governo de Minas Gerais e a mineradora Vale, realizando a sua reabertura.

Segundo ele, na clausula 5ª desse termo de compromisso está a obrigação de a mineradora formular, em conjunto com a Defesa Civil, um plano de emergência para reativar o presídio.

Bernardo Rosa cobra cumprimento de cláusula que determina a reabertura do presídio com a retirada do nível de emergência de Itabiruçu

Ainda de acordo com o parlamentar, isso já deveria ter ocorrido desde que foi retirado o nível 1 de emergência da barragem Itabiruçu, o que aconteceu em 11 de fevereiro do ano passado.

Essa mudança da classificacao de risco da barragem ocorreu, inclusive, com a concordância do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com base em parecer da Aecom do Brasil, empresa de consultoria ministerial independente.

“Se já foram suprimidos ou mitigados os riscos decorrentes da estrutura, não há porque manter o presídio desativado. Vamos criar uma força-tarefa aqui na Câmara para que essa obrigação de reativar o presídio aconteça o mais rápido possível”, propôs o vereador aos seus pares no legislativo itabirano na reunião de terça-feira (22).

“Não podemos deixar que essa situação perdure por mais tempo em Itabira, causando tantos transtornos à Itabira e aos familiares dos presos.” Segundo Bernardo Rosa, o presídio custou R$ 3,6 milhões aos cofres públicos, sendo R$ 14, milhão investido pelo município e o restante pelo Estado de Minas Gerais.

Empenho

Marco Antônio aguarda documento da Vale atestando que o presídio está fora da ZAS para protocolar pedido de reaberturado presídi

De acordo com o prefeito Marco Antônio Lage (PSB), a reabertura do presídio deve ser autorizada em breve.

“Estamos aguardando que a Vale emita um documento oficial comprovando que a área do presídio não faz parte da ZAS (Zona de Autossalvamento), o que ela promete fazer para as próximas semanas”, disse o chefe do executivo itabirano à reportagem deste site.

“Depois disso, vamos protocolar o pedido de reativação do presídio junto à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), com anuência do Ministério Público”, informou o prefeito.

Marco Antônio Lage tem se empenhado pela reabertura do presídio do Rio de Peixe desde que rejeitou – e com razão – a construção de um presídio de grande porte em Itabira. Isso pelos transtornos e impactos negativos que iria provocar na cidade, a exemplo do que ocorre em municípios que abrigam uma estrutura de tamanho porte, como é o caso de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Leia aqui:

“Seria uma decisão insana aceitar a instalação de um presídio de grande porte em Itabira”, disse o prefeito, que quer uma penitenciária menor

Transtornos

Rosilene Félix vê na falta do presídio o aumento da violência na cidade pelo sentimento de impunidade

A vereador Rosilene Félix (MDB) contou que, em conversa com o delegado regional Helton Cota, ficou sabendo em detalhes dos transtornos e serviços extras que a falta do presídio tem provocado nos trabalhos da Polícia Civil em Itabira e na região.

“O delegado me disse que a falta do presídio contribui com o aumento da criminalidade, com facções agindo com maior desenvoltura com o sol quente nos espaços públicos e privados pelo sentimento de impunidade”, lamentou.

“Reforço o apelo aos vereadores para que mobilizem e somem esforços para que seja construído um novo presídio em Itabira ou que seja reativado o antigo com a máxima urgência”, endossou a vereadora.

Leia mais aqui:

Longe de casa, sofrendo maus-tratos, presos de Itabira querem voltar para o presídio local e familiares fazem manifestações

E também aqui:

Reabertura do presídio do Rio de Peixe é discutida por autoridades itabiranas com o Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais

Recursos

Bernardo Rosa ressaltou que a onda de violência que assusta Itabira é também decorrente da falta de infraestrutura e de pessoal tanto da Polícia Civil como também da Polícia Militar. “Faltam efetivos tanto na Civil como na Polícia Militar”, disse ele.

“Que seja recomposta a força policial em Itabira, que tanto contribui para a arrecadação do Estado”, reivindicou o vereador, que pede mais policiamento ostensivo na cidade como forma de prevenir e reprimir a criminalidade, além de acabar com o sentimento de impunidade que gera mais violência urbana.

 

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