Sede da fazenda Cubango vai ser desmontada, mas pode ser reconstruída em Ipoema para abrigar a Casa de Cultura Elke Maravilha
Foto: Carlos Cruz
A fazenda Cubango, onde a multiartista Elke “Maravilha” Georgievna Grünupp (1945-2016) viveu até a adolescência, foi adquirida pela mineradora Vale – e sua sede corre o risco de desaparecer do mapa.
Procurada pela reportagem para saber se haveria a possibilidade de a própria Vale desmontar e reconstruir a histórica fazenda, a mineradora simplesmente ignorou a pergunta.
Nada respondeu, sem se interessar, como tem sido recorrente, pela história do município onde a empresa nasceu e se tornou a grande multinacional de mineração que é hoje.
Todo o território do Cubango está sendo adquirido compulsoriamente pela mineradora para virar um imenso depósito de rejeitos e material estéril do complexo Conceição, por meio de pilhas a seco.
A ocupação se tornou necessária depois que a mineradora foi proibida de lançar esse material em barragens, como ocorria anteriormente aos trágicos rompimentos dessas estruturas em Mariana e Brumadinho.
Repetição da História
Como a história sempre se repete, ainda que como farsa e não raro com violações de direitos, revive-se no Cubango o que ocorreu no início da década de 1970 com a Fazenda dos Doze, que pertencia ao fazendeiro Carlos de Paula Andrade, pai do poeta Drummond, também “desapropriada” para virar a barragem do Pontal.
“Das fazendas que meu pai possuiu a mais próxima da cidade de Itabira, onde morávamos, era a do Pontal, conhecida anteriormente por Fazenda dos Doze Vinténs, ou dos Doze, simplesmente, como a designava a gente mais velha”, escreveu Drummond, em Notas sobre a Fazenda do Pontal.
Muitas décadas depois, em cumprimento a uma condicionante de compensação ambiental, réplica da Fazenda dos Doze Vinténs foi remontada na encosta da Pousada do Pinheiro, no bairro Campestre.
Remontagem
A reportagem acreditou que, em um ato de reconhecimento do valor histórico e cultural da Fazenda Cubango, a Vale poderia graciosamente reconstruir a sede, como compensação por mais essa perda incomparável. Ledo engano, infelizmente.
Entretanto, a proprietária da fazenda, a comerciante Vilma Lage Silveira Assis, assim como os demais desapropriados, pode retirar toda a benfeitoria dos imóveis “vendidos” à Vale, inclusive desmontando a sede.
Ela vê com bons olhos a reconstrução da sede em Ipoema, distrito ao qual pertence a fazenda, para nela ser instalada a Casa de Cultura Elke Maravilha.
“Podemos negociar com a Prefeitura, caso haja interesse do município”, diz ela, para quem essa seria uma destinação correta e respeitosa com a história da fazenda. “Temos também aqui pés de jabuticaba centenários que podem ser replantados no terreno onde a sede possa vir a ser instalada”, sugere.
Ela conta que Elke visitou a fazenda em duas ocasiões, em novembro de 2006 e em abril de 2010, quando retornou a Itabira para participar de uma mostra de Cinema, em Ipoema.
“Foi preparada uma mesa com farta guloseimas e ela agradeceu, disse que não comia nada doce. Mas pediu uma ‘pinga’ e quis saber como andavam as pessoas que ela conheceu no Cubango”, recorda a comerciante.
“Vai ser muito triste se a sede da fazenda não for remontada para guardar toda essa memória histórica, cultural e afetiva.”
Interesse do prefeito
Em uma dessas vindas de Elke Maravilha a Itabira, o prefeito Marco Antônio Lage conta que esteve com ela, quando ele ainda não era o chefe do executivo itabirano. Conversaram sobre a proposta de um grupo de pessoas de Ipoema de se abrir no distrito uma Casa de Cultura em sua homenagem.
“Elke achou uma boa ideia, mas sugeriu que isso só ocorresse após a sua morte. Quem sabe a hora é agora, com o desmonte da sede da fazenda do Cubango”, respondeu o prefeito à reportagem, prometendo retornar com a proposta.
“Cheguei a comentar com a Vale, vou retornar o contato para ver se há interesse em uma parceria cultural-memorialística”, diz o prefeito.
“Pode ser também instalado na nova sede em Ipoema um espaço da diversidade, o que tem tudo a ver com a história e luta de Elke Maravilha”, entusiasma.
Quem também vê com entusiasmo a proposta é o jornalista, guia turístico e empreendedor em Ipoema, Roneijober Andrade, que participou do grupo que vinha discutindo, tempos atrás, a abertura do espaço de cultura em homenagem à artista no distrito.
“Podemos ter aqui mais um espaço memorialístico vivo e efervescente, com multiuso, com realização de oficinas de artes, cinema, teatro, moda e beleza, tornando-se mais um ponto turístico de Ipoema”, afirma.
História de Elke Maravilha e sua conexão com Itabira
Elke chegou ao Brasil ainda criança, fugindo com a família da pobreza pós-Segunda Guerra Mundial.
Nascida na Rússia, na antiga Leningrado (atual São Petersburgo), Elke se mudou para Itabira aos 6 anos, em 1949, com os pais, o russo Georg Grünupp e a alemã Liezelotte von Sonden, que vieram para o Brasil fugindo da pobreza e das perseguições políticas no pós-guerra.
Chegando ao Brasil, vieram para Itabira. O pai, engenheiro agrônomo, passou a administrar a Fazenda Cubango, onde a artista viveu a infância e adolescência, ao lado dos outros três irmãos que nasceram em Itabira.
Na ocasião, a fazenda pertencia a Amintas Jackes de Morais, que contratou seu pai. “Foi doutor Colombo quem ‘pariu’ meus três irmãos que nasceram em Itabira”, contou a artista em entrevista ao jornal O Cometa, em março de 1981.
Contribuições de Elke à cultura brasileira
Depois de residir em Itabira até a adolescência, Elke iniciou a carreira como modelo aos 24 anos. Posteriormente, destacou-se na televisão como jurada irreverente no programa Discoteca do Chacrinha, onde permaneceu por 14 anos.
Sua irmã, a itabirana Francisca Grünupp, esteve presente na reinauguração do Museu de Itabira, quando fez a curadoria da exposição Uma Maravilha Itabirana: Elke, em 29 de setembro de 2018. Ela conta que aprenderam a gostar da culinária mineira em Itabira.
“Itabira, cuja riqueza se compõe de material pesado que é o ferro, possui também duas personalidades emblemáticas que representam a leveza, a emoção, a sutilidade, a elegância, as emoções diversas, que são Carlos Drummond de Andrade e Elke Grünupp, a nossa Elke Maravilha”, salientou a irmã.
Legado e ativismo
Elke foi modelo, manequim, fez cinema, teatro. Foi também uma ativista política, uma artista que ousou desafiar a ditadura militar, que prendia e arrebentava todos os que se opunham ao regime.
Foi presa em 1972 depois de rasgar cartazes espalhados no aeroporto Santos Dumont, no Rio, com fotos de perseguidos políticos procurados pelo regime militar. Entre essas fotos estava a de Stuart Angel, que depois foi assassinado pela ditadura, filho de sua amiga estilista Zuzu Angel.
A artista ficou pouco tempo presa, mas teve a nacionalidade brasileira revogada, passando a viver por muitos anos no país como cidadã sem nacionalidade.
Mesmo nessa condição, ela não fugiu da luta – e brigou também pelos direitos das minorias, de cada um viver como lhe aprouver. Foi uma pioneira ativista LGBTQI+.
Elke faleceu no Rio, em 16 de agosto de 2016, aos 71 anos, após complicações pós-cirurgia.
Memórias de Elke no Cubango
Em entrevista ao jornal O Cometa, em março de 1981, Elke Maravilha revelou, bem-humorada, as boas recordações que guardava de Itabira e da fazenda Cubango.
“Chegando ao Brasil, em 1950, o meu pai escreveu uma carta se apresentando a um jornal, informando que era engenheiro agrônomo. Foi quando Amintas Jackes de Morais respondeu dizendo que possuía uma roça em Minas, um lugar chamado Cubango, em Itabira do Mato Denttro, convidando o meu pai para administrar a fazenda.”
“Ele topou e fomos para Itabira, eu estava com cinco anos. Assim que chegamos, eu tive uma pneumonia e quem me curou foi doutor Mauro. Depois foi doutor Colombo que ajudou a parir meus três irmãos.”
“Na fazenda Cubango, eu me lembro que só tinha negros, era uma roça assim bem África. Um barato. Os negros de Minas, me parece, são mais negros. Meu pai fez amizade com todo mundo em Itabira, ensinou muita gente do Cubango a ler e a escrever.”
“No início eu fiquei com muito medo dos pretos e meu pai me mandou ir nas casas deles. Passei a frequentar e acabou que depois eu não queria mais sair de lá, onde a gente podia comer com as mãos, uma delícia.”
“Eu achava lindo, por exemplo, quando as negras soltavam os cabelos, ficavam imensos. Que cabelos bonitos, eu dizia, e as negras respondiam: ‘Não, o seu é que é bom, o meu cabelo é ruim’. Eu respondia que o delas é que era bom, os meus cabelos não ficam do tamanho que os de vocês.”
“De certa maneira, esta mania de ter cabelão veio daí, da influência dos negros com os quais convivi no Cubango. Lá tinha também batuque, muita alegria.”
“Eu desde pequena gostava de chamar atenção. Eu ia a cavalo para Itabira e chegava no centro da cidade chispando. Todo mundo de Itabira saía à janela para me ver passando, eu me sentia felicíssima. Andava só em disparada, saia fogo naquele chão todo de minério, maravilhoso.”
“Agora tiraram quase tudo, uma pena. Quando eu soube que tiraram as pedras para asfaltar, eu fiquei ‘puta’ da vida. Aquelas ruas de minério eram lindas, brilhavam no sol. Mas eles vão tirar aquele asfalto e voltar com as pedras de minério, não vão? Como eu escorreguei naquelas ladeiras na época de carnaval. O carnaval em Itabira era tão bom.”
Doutor Mauro Alvarenga e Georg Grünupp no combate à desnutrição infantil em Itabira
A história dessa parceria foi contada pelo médico itabirano, em entrevista ao jornal O Cometa, em janeiro de 1981. Eis o relato:
“Em 1949, fomos pioneiros em Minas Gerais na introdução da soja na alimentação humana. O brasileiro é doente e a sua doença se cura com alimentos adequados e não com medicamento. Enquanto a carne possui 20% de proteína, o leite 3,5%, a soja tem em média 40% e é infinitamente mais barata que a carne, o ovo e o leite.”
“Foi pensando nisso que lancei a campanha sugerindo que se misturasse o milho à soja, numa proporção de 80% de milho e 20% de soja, tornando-se um fubá enriquecido, para preparar o angu, mingau, sopa, sem quebrar a rotina alimentar do povo, melhorando a sua alimentação.”
“A essa mistura de soja e milho demos o nome de Somi20. O Georg Grünupp produzia o Somi20 e embalava em saquinhos plásticos para vender no comércio.”
“No grupo Coronel José Batista, a merenda escolar passou a ser o Somi40, com 40% de soja. A dona Loló fazia o mingau adocicado com rapadura, que é mais nutritiva que o açúcar refinado.”
“A campanha de combate à desnutrição infantil durou de 1949 a 1952. Depois que o Georg mudou de Itabira, não havia mais quem plantasse soja e ficamos sem a farinha. Eu escrevi mais de 60 cartas aos fazendeiros de Itabira propondo o plantio, mas nenhum se sentiu motivado a plantar soja.”
Será um crime simplesmente demolir essa casa que tem valor cultural para o distrito de Ipoema. Há anos vimos discutindo a criação do instituto Elke Maravilha e a remontagem da casa no perímetro urbano, com certeza, viria muito a somar com o desenvolvimento do turismo e o incentivo para partirmos para efetivar a criação desta ONG cultural.
Você tem toda a razão, e demolir essa casa sem qualquer ação de preservação seria, de fato, um golpe contra a memória cultural de Ipoema. A fazenda Cubango não é apenas um imóvel, mas um símbolo vivo das raízes históricas e culturais da região, carregando a identidade de Elke Maravilha e dos métodos construtivos tradicionais do início do século XX.
A criação do Instituto Elke Maravilha e a reconstrução fiel da sede da fazenda no perímetro urbano de Ipoema não só preservariam esse patrimônio, mas também impulsionariam o turismo e criariam um espaço para atividades culturais, educativas e artísticas. Este projeto seria um marco para o desenvolvimento sustentável e uma oportunidade para resgatar técnicas construtivas históricas, beneficiando a comunidade local e fortalecendo sua identidade.
A ONG cultural que poderia nascer a partir desse instituto seria um catalisador para iniciativas que valorizem o passado e inspirem o futuro, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. É um momento de unir forças e transformar esse risco de perda em uma conquista histórica para Ipoema e Itabira.
O que deve ser feito é desenvolver um projeto Cultural ouvindo a população,porque se a comunidade sugere,ela vai apoiar e cuidar.Essa fazenda tem muito a ver com a artista Elke Maravilha(im memorian),então passar a bola para o Prefeito Marco Antônio Lage negociar uma parceria com a VALE,tenho certeza que ambas tem interesse nesse interessante e importante Projeto!
É inadmissível não conservar este memorial em Ipoema .As mineradoras não podem e não devem ignorar a Cultura de raízes.Nao custa nada pra proporcionar este feito .
Será uma demonstração de respeito e gratidão a Elke Maravilha, transformar a casa onde residiu, agregará valor a Ipoema com um mais um patrimônio cultural, oportunidade ímpar de fazer acontecer o tão sonhado Instituto Elke Maravilha. Tomara que o Prefeito consiga negociar com a Vale!
É de suma importância para o desenvolvimento do turismo em Itabira, a montagem da Casa da Cultura Elke Maravilha em Ipoema.
Desmontar e montar na área urbana de Ipoema esta casa de Cultura.
Como pode destruir um patrimônio cultural deste mudar de lugar não existe gente temos que preservar
Excelente matéria! A cultura precisa ser preservada.
Que alegria ao ler a materia sobre o movimento para remontagem da sede da Fazenda do cubango ,que pertenceu ao meu Tio Gonçalo Santana da Silveira.Tenho lembranças maravilhosas da minha época de juventude e até hoje é o local de encontro da família. Saber que há um movimento para homenagear a Elke com a remontagem da casa em Ipoema é uma felicidade indescritível , pois todos nós da família Silveira sentiremos também homenageados
Que a história perdure. Que a cultura floresça!
Remontar a fazenda do Cubango em Ipoema é o mínimo que a Vale do Rio Doce poderia fazer para guardar toda uma memória histórica, cultural e afetiva do Cubango. (Local em que minha mãe também passou sua infância).
Fico feliz em saber que o prefeito Marco Antônio, com todo seu incentivo a arte e cultura se mostrou entusiasmado com a ideia de, em suas próprias palavras, “parceria cultural-memorialística” um museu/memorial em homenagem a Elke Maravilha só tem a enriquecer ainda mais o turismo em Ipoema e região… sobre a falta de interesse da Vale, sugiro um Abaixo assinado Já…
O passado é um referencial histórico importante para trilhar um futuro promissor. Indelizmente, o Brasil não conhece o Brasil. Preservar a história de um local tão importante para Ipoema é fundamental. Esperamos que a Casa não seja demolida. Mantenha viva a memória. Viva Elke Maravilha.
Precisamos manter viva a memória de Elke e desta comunidade tão maravilhosa de Ipoema que se desfez.
Precisamos lutar pela criação da casa de cultura Elke Maravilha, assim manteremos também viva a história de toda comunidade do Cubango.
É claro que em nome da Cultura , da memória da inesquecível e querida Elke e óbvio, para o fortalecimento do nosso Turismo sou completamente a favor . . Será de um valor inestimável a implantação deste acervo em Ipoema .
A Fazenda Cubango é uma referência em Itabira. Muito bom poder remonta-la homenageando uma pessoa tão querida e importante. A Vale tem a obrigação de preservar essa história. Que o Prefeito seja o interlocutor desse projeto.
É de suma importância preservar este patrimônio “Fazenda Do Cubango”. A história não pode ser simplismente apagada .
Trazê-la para Ipoema é fantástico, será de um valor inestimável a implantação deste acervo para Ipoema e região, digo mais, para o mundo.
Sei e acredito que nosso prefeito Marco Antônio vai lutar para trazer para Ipoema mais esta conquista.
Qto a Vale, temos que ajudar o prefeito nesta conquista, mobilizando a todos, talvez com uma abaixo assinado, envolver as associações do distrito e das comunidades da zona rural de Ipoema. Assim penso.
Em Itabira tem a Promotoria do Patrimônio Histórico. Se a Vale não respeita esse patrimônio e, por ação, omissão e negligência lava as mãos, fazendo desaparecer com todo esse legado histórico e cultural na região do Cubango, que seja acionada na Justiça para que seja feito aquilo que deveria fazer, se fosse mesmo uma empresa responsável e verdadeiramente sustentável, em respeito à história e à cultura dessa cidade tão vilipendiada pela mineração predatória. Que a casa sede do Cubango, onde viveu até a adolescência a nossa maravilhosa Elke Maravilha, após ser desmontada, que seja reedificada no distrito de Ipoema.
Este é o momento de encontros e trocas em que reflexões dão forma a um rico patrimônio de legados e valores interligados.
MARAVILHA, a Fazenda Cubango traz em si a grandeza de seu próprio nome. As etnias não se desfazem com o tempo pois onde o homem passou, onde deixou qualquer marca de sua vida e da sua inteligência, aí está a história.
Como demolir a vida dos trabalhadores em seus momentos de lazer, práticas devocionais, relações familiares, vivências domésticas e tantos outros saberes?
Ali a memória registra não só a labuta da terra, mas as diferentes ocupações em distintas esferas da vida. Ao longo da história, sempre há uma tentativa de apagar e silenciar o passado em função do imediatismo. No caso, não se mede o pertencimento pelo preço do hectare.
Demolir a Fazenda Cubango é apagar as marcas sócioculturais e deixar doída a comunidade.
Conhecendo a trajetória do prefeito Marco Antônio cujo olhar sensível reconhece e vê possibilidade em se preservar este patrimônio, com certeza, o diálogo com a Vale será de resultados positivos. Ipoema não terá mais um espaço de Cultura mas a soma de atrativos culturais que muito fortalecerão o Turismo voltado às singularidades locais. Os caminhos da sustentabilidade serão pontos de experiências e vivências cotidianas que permitirão a unidade social.
O mais importante é resguardá-la entre jaboticabeiras e
abraços coletivos. Entre pluralidades, pesquisas, oficinas, cursos, eventos, exposições temporárias e permanentes, tons e cores permanece altiva.
A Fazenda Cubango é o resultado de muitas vozes.