Polícia Civil identifica em Itabira suspeito de gravar mulher tomando banho e pedir mais imagens íntimas

Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais identificou, em Itabira, um suspeito acusado de gravar uma mulher enquanto tomava banho e ameaçar sua filha de divulgar o conteúdo dos vídeos nas redes sociais. O nome do indiciado não foi divulgado.

O caso ocorreu em meados de 2024 e exemplifica a prática conhecida como estupro virtual, na qual o autor utiliza as redes sociais para intimidar as vítimas e satisfazer seus desejos sexuais.

De acordo com as investigações, o indivíduo enviou mensagens anônimas pelo WhatsApp para a filha da vítima, comprovando a existência das filmagens. E fez ameaças, exigindo que ela encaminhasse vídeos íntimos próprios. “Caso contrário, ele divulgaria as imagens da mãe”, ele ameaçou.

Após diligências investigativas, a Polícia Civil conseguiu rastrear dados nas redes sociais e localizar o suspeito. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, foi encontrado o celular utilizado para enviar as mensagens e mídias à vítima.

Com base no conjunto probatório reunido no inquérito policial, o suspeito foi indiciado pelos crimes de estupro tentado, exposição da intimidade sexual e divulgação de cena de nudez.

Segundo o delegado João Martins Teixeira, responsável pela apuração do caso, a apuração do caso foi possível pelo fato de a Polícia Civil dispor de capacidade investigativa em casos nos quais indivíduos usam as redes sociais com a pretensão de se manterem anônimos.

“A delegacia de Itabira conta com setor de inteligência específico para investigações dessa natureza”, informou.

O procedimento será encaminhado ao Ministério Público, que ficará responsável pela ação penal.

Crime é previsto no Código Penal

O estupro virtual é uma forma de violência sexual que ocorre sem contato físico, geralmente por meio de ameaças ou coação psicológica realizadas em ambientes digitais, como redes sociais, aplicativos de mensagens ou outras plataformas online.

Esse crime é tipificado no Código Penal Brasileiro como estupro, conforme o artigo 213, que abrange qualquer ato libidinoso praticado mediante violência ou grave ameaça, independentemente de contato físico entre agressor e vítima.

Reclusão

A pena prevista é de reclusão de 6 a 10 anos – e aplica-se tanto ao estupro físico quanto ao virtual, já que ambos envolvem constrangimento mediante violência ou grave ameaça para a prática de atos libidinosos

Essa modalidade de crime ganhou atenção nos últimos anos devido ao avanço das tecnologias e ao aumento de casos em que criminosos utilizam a internet para intimidar e explorar sexualmente suas vítimas.

Para saber mais, acesse também: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/estupro-virtual-a-tipificacao-do-crime-de-estupro-virtual-e-o-principio-da-legalidade/796524187

 

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