O perigo mora em casa: índice de infestação em Itabira do mosquito da dengue sobe para 1,8% e acende o sinal de alerta
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Com as chuvas, aparecem as águas paradas e, com elas, os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das temíveis dengue, zika e chikungunya, que causam febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular, cansaço, fraqueza e todo mal-estar nas pessoas infectadas pela picada do mosquito, podendo levar ao óbito.
O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) do ano, realizado em Itabira, entre os dias 21 e 25 de outubro, indica aumento no risco de surto dessas doenças, com percentual de infestação predial de 1,8%, quando de acordo com o Ministério da Saúde o índice ideal é inferior a 1%.
Essa infestação em Itabira já acende o sinal de alerta para o risco de surto, que precisa ser evitado com a participação de todos, dos agentes de combate às endemias, como também de toda a população.
Isso para que não se repita o que ocorreu no ano passado, quando a cidade registrou índice de 12,8%, o maior da série histórica em Itabira. Esse surto de causou profundo mal-estar na população, além de provocar mortes pela dengue, o que precisa ser evitado a todo custo neste ano.
Para não se repetir, é preciso ter a participação de todos na limpeza de quintais e lotes vagos, eliminando a água parada, o que deve ser combinado com as ações de profilaxia da Prefeitura, para que essa triste e trágica história para muitas famílias não se repita.
Principais focos são domiciliares
O último levantamento Liraa indica que os principais focos de proliferação do mosquito transmissor estão nos domicílios, tendo sido encontrados em locais com acúmulo de água parada, onde aparecem os criadouros do temível mosquito.
Ou seja, o perigo mora em casa e precisa ser combatido e erradicado por todos.
Os focos foram encontrados em caixas d’água e tambores (52,9% dos focos); bebedouros de animais, vasos de plantas e recipientes diversos (23,5%); recipientes plásticos e garrafas (17,6%); tanques e ralos (5,9%).
Só com a participação de todos é possível evitar a ocorrência de uma nova epidemia. “A mobilização contra o mosquito Aedes aegypti é essencial para reduzir os riscos à saúde pública, especialmente neste período de alta circulação do mosquito”, convoca a gerente de Vigilância, Natália Franco Barbosa de Andrade.
Segundo ela, o mosquito é capaz de se multiplicar em pequenos volumes de água, como tampinhas de garrafa ou recipientes plásticos esquecidos em quintais.
Para o combate ao mosquito, é preciso eliminar todo acúmulo de água em caixas d’água, tambores e em qualquer outro vasilhame que armazene água parada, incluindo ainda calhas, latas, pneus.
A atenção deve ser voltada para não deixar água parada em vasos de plantas, e bebedouros de animais, que devem ser limpos com esponja e sabão regularmente, após cada troca de água.
Dia D de combate
A Prefeitura vai realizar no segundo sábado deste mês o Dia D Contra o Mosquito da Dengue, com quatro ações importantes no combate à proliferação do Aedes aegypti.
A ação de limpeza e prevenção inclui mutirão de remoção de inservíveis no bairro São Bento, das 7h às 13h; blitz educativa na avenida João Pinheiro, em frente ao Mercado Municipal, a partir das 8h; barraca com maquete educativa e panfletagem na Feira do Produtor, a partir das 8h, além de visita de limpeza em residências fechadas.
O Dia D Contra o Mosquito da Dengue faz parte da ação Minas Unida no Combate ao Mosquito, do governo estadual e será desencadeada em 27 municípios da região de Itabira. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a necessidade de eliminar criadouros, prevenindo-se a proliferação do mosquito com a eliminação de focos.