Cruzeiro vence Atlético no Mineirão, mas decisão do Mineiro permanece em aberto

Luiz Linhares*

Não gostei do que vi. Fui ao Mineirão com o intuito de ver um bom jogo de futebol, pelo menos era esta minha esperança. Alimentava-me o sentimento de que clássico é clássico e as coisas se equivalem quando a bola rola.

A semana que antecedeu à partida foi bem complicada para o Atlético devido a derrota vexatória que levou em solo paraguaio pela Libertadores. Por outro lado, o time azul “sobrou” no próprio Mineirão contra a fraga equipe argentina do Huracan.

No final passo a ter a impressão um tanto quanto diferente de tantos outros torcedores. O Atlético é mesmo fraco e o Cruzeiro não é tanto aquilo que desenhou no meio de semana.

Certeza tenho que a campanha do ano do Cruzeiro é positiva, pois tem o conjunto que vem de anos, o comando que se perpetua por quase três anos, além de reforços pontuais que têm dado resposta positiva.

Por outro lado o Galo vem com menor investimento de contratações. E o grupo, mostra fragilidade em setores da equipe, mal organizada em campo e por aí a fora.

Na hora de decisão as forças as vezes se equivalem, a rivalidade e participação do torcedor tem diferença de comportamento. Vi um jogo chato, muito disputado na busca da imposição, mas ficando de lado a técnica, o talento e as grandes emoções.

O Cruzeiro tinha o domínio do jogo, o Atlético tinha uma marcação quase intransponível. Foi assim que o jogo ficou amarrado na disputa pelo meio. E só aconteceu o gol no tempo inicial graças a um desvio sem intenção do zagueiro atleticano para o primeiro gol do Cruzeiro acontecer.

No segundo tempo o jogo se abriu um pouco. E quando se achava que o Atlético teria queda por perder seus dois jogadores mais talentosos, Cazares e Luan, teve até presença melhor de forma ofensiva.

Avançou um pouco mais da linha de meio, chegou ao empate e deixou o jogo um pouco melhor com lances mais frequentes de área e participação dos goleiros que não vinham tendo atividade na parte inicial do jogo.

O time celeste fez o segundo, tomou a vantagem e esteve até próximo de colocar uma vantagem a mais para o jogo seguinte e verdadeiramente decisivo.

O chato do Var se fez presente e justiça: o gol de Fred foi com a mão. Outras  polêmicas e reclamações fazem parte do espetáculo, cada lado justifica da forma que melhor lhe convêm.

Foi um jogo no palco maior do futebol em Minas Gerais, com 50 mil vozes que com o tamanho de sua paixão xingou, vibrou, comemorou e chorou na força do futebol de Minas.

A decisão continua em aberto. Teremos os noventa minutos finais, torcendo para que a qualidade do espetáculo possa melhorar e que as emoções nos estejam reservadas.

Lamento que o Atlético pense como time pequeno: jogar no independência para mim vai ser um tiro no pé. Time grande tem que ser abraçado é por cinquenta mil pessoas e não apenas por vinte e duas mil. Caldeirão ou pressão não abala time grande. Tomara que o time melhore o seu futebol com outro tipo de grama.

No sábado de Aleluia vamos conhecer o campeão Mineiro. No domingo de Páscoa sai o resultado do campeonato Paulista, que está bem equilibrado entre São Paulo e Corinthians.

No Gaúcho também tudo igual para Grêmio e Internacional. E, no Carioca, um pouco mais definido para o Flamengo que já fez vantagem para cima do Vasco e com Maracanã lotado tem tudo para ter festa rubro-negra.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM

 

 

 

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