Vacina contra chikungunya reforça importância da testagem para diferenciar infecções por arboviroses
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A aprovação da vacina contra chikungunya no Brasil, nessa segunda-feira (14), desenvolvida pelo Instituto Butantan, marca um avanço importante no combate às arboviroses.
Com a expectativa de ampliação das estratégias de imunização, cresce também a necessidade de testagem precisa e rápida para distinguir as diferentes infecções transmitidas pelo Aedes aegypti, como chikungunya, dengue, zika e febre amarela – doenças que muitas vezes apresentam sintomas semelhantes.
A identificação do tipo de enfermidade é essencial para monitoramento epidemiológico, sobretudo considerando que essas doenças são de notificação obrigatória no País, além de auxiliar médicos na conduta clínica e de acompanhamento dos pacientes.
Diferenças
Chikungunya: transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, a chikungunya pode causar febre alta, dores articulares intensas e persistentes, que impactam fortemente a qualidade de vida do paciente.
A aprovação da vacina pela Anvisa representa uma nova fase na prevenção da doença, mas o diagnóstico laboratorial seguirá sendo crucial para diferenciar chikungunya de outras arboviroses, inclusive em contextos de vacinação.
Dengue: apresenta quatro sorotipos distintos, e a infecção por um deles não garante imunidade contra os outros.
O tipo 3 é considerado1 o que tem maior potencial de causar formas graves da doença, a chamada dengue hemorrágica, embora os quatro tipos possam produzir formas assintomáticas, com evoluções distintas e graves já na primeira infecção.
Porém, a maior frequência de gravidade acontece após a segunda ou terceira vez que a doença foi contraída pelo indivíduo.
Febre amarela: a enfermidade recentemente recebeu alerta do Ministério da Saúde2 para um aumento de casos da doença em São Paulo e em outros três estados: Minas Gerais, Roraima e Tocantins.
De acordo ainda com o órgão3, entre 20% e 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer.
Por isso, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente ao surgirem os primeiros sinais e sintomas, como início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza.
Soluções que auxiliam no controle epidemiológico e testagem
Por meio de kit de teste molecular liofilizado disponibilizado pela Thermo Fisher Scientific aos laboratórios brasileiros diferencia se o paciente está infectado por dengue, zika ou chikungunya.
Desenvolvido especificamente para pesquisa das arboviroses, o kit4 foi projetado para atender regiões remotas e de difícil acesso, uma vez que sua apresentação é na forma liofilizada, dispensando cadeia refrigerada para transporte e armazenamento, além de possuir validade prolongada de até 36 meses, viabilizando que laboratórios estoquem o kit de maneira estratégica.
Os produtos foram concebidos para uso em pesquisa, mas a aplicação clínica é permitida sob responsabilidade dos laboratórios.
Vale reforçar que essas enfermidades são de notificação compulsória, o que significa que as autoridades sanitárias precisam ser notificadas quando da identificação dessas arboviroses. Essa medida é fundamental para monitorar e controlar a disseminação das doenças.
Referências:
- Dengue: entenda o que são os sorotipos da doença e porque o tipo 3 é o que mais preocupa atualmente no Brasil- Ministério da Saúde – Link: https://encurtador.com.br/ZDea1 – acessado em 24.01.2025
- Ministério da Saúde emite alerta para o aumento de casos de febre amarela em São Paulo e outros três estados – https://encurtador.com.br/NXeXh – acessado em 04.02.2025
- Febre amarela – https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-amarela – acessado em 04.02.2025 https://encurtador.com.br/ZDea1 – acessado em 24.01.2025
- Early insights of dengue virus serotype 3 (DENV-3) re-emergence in São Paulo, Brazil – link: https://encurtador.com.br/K2ang acessado em 27.01.2025
- O referido kit para detecção de dengue, zika ou Chikungunya, TaqMan Arbovirus Triplex Kit é rotulado como RUO (research use only), portanto, é indicado para uso exclusivo em pesquisa.
- Já para teste de febre amarela, não existe kit pronto, sendo a venda por meio de ensaios customizados para laboratório e pesquisadores, também na modalidade RUO.
