Quem avisa amigo é: político que nada fez pelos bairros Santa Ruth/Santa Marta, se aparecer por lá pedindo voto, pode levar uma coça

Fotos: Carlos Cruz

Moradores dos bairros Santa Ruth/Santa Marta seguem recomendação de Sô Pratinha, histórico líder comunitário que hoje é nome da Escola Municipal José Gomes Vieira, quando dizia para as pessoas só votarem em quem tem compromisso com a comunidade local.

Para ele, esse compromisso tinha que ser comunitário, em benefício de todos, e não em troca de favores. “Se um político oferecer telhas e tijolos para a ampliação de sua casa, aceite. Mas na hora do voto, dê uma ‘banana’ a quem quis comprar o seu voto. E denuncie a sua conduta”, ele  não se cansava de repetir nas reuniões comunitárias, nas rodas de conversa com os seus vizinhos.

Gênio político e influente líder comunitário, Sô Pratinha fez escola, literalmente: neste final de semana, moradores do Santa Ruth afixaram, na entrada do bairro, uma faixa com a advertência: “Proibido a entrada de políticos que sumiram a quatro (4 anos). Respeite a nossa comunidade. Sujeito a coça.”

Mesmo com os erros de concordância e do tempo verbal, a mensagem é clara e objetiva. Cansados de tantas promessas não cumpridas, os moradores manifestam o repúdio aos candidatos caça-votos, os conhecidos paraquedistas que ofertam benefícios pessoais, até mesmo dinheiro em troca de voto, como comprovam fatos conhecidos em Itabira, embora ainda não provados, de gente que se elegeu vereador pagando em espécie antes e uma quantia maior depois quando confirmada a sua eleição.

Um crime eleitoral que sendo comprovado – e hoje com as câmeras de celular – isso pode passar a ser corriqueiro, uma reação popular contra a corrupção eleitoral.  É o que os moradores propõem como antídoto a esse fisiologismo eleitoral ao ameaçarem esses políticos como uma pena mais severa, como na lei de Talião: uma coça.

Portanto, senhores candidatos a prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), João Izael (PMN), Neidson Freitas (MDB), senhores e senhoras candidatos(as) a vereador, vereadora, precavei-vos. Só apareçam no bairro Santa Ruth com um portfólio recheado de realizações comunitárias nas áreas de educação, saúde, esporte e lazer, saneamento básico, meio ambiente.

Sem isso na bagagem, preparem o lombo que a coça vai te pegar. E não vai ser para coçar as costas, mas no sentido de punição, de uma surra bem dada para parar de enganar o povo.

Portanto, o candidato que nada fez pela comunidade do bairro Santa Ruth não apareça por lá para fazer campanha eleitoral. Será escorraçado. Quem avisa amigo é,

Quem avisa, amigo é! Que o exemplo do Santa Ruth sirva para outros bairros: digam não aos candidatos compra voto.

Compra de voto

Claro que a ameaça de uma coça nos caça-votos é uma figura de expressão, pois os moradores do Santa Ruth são civilizados e não pretendem dar chibatada em ninguém, ou mesmo uma coça com cipó de aroeira no lombo de ninguém, mesmo que seja político corrupto que nada fez para o bairro.

Mas avisam que de mãos abanando, só com aperto de mão, os políticos que assim aparecerem no bairro serão rechaçados, acossados e escorraçados.

O que os moradores do Santa Ruth/Santa Marta fazem com a advertência é exercer a cidadania, a democracia direta, para colocar em prática o que consta do artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, quando diz que a vontade do povo deve ser a base da autoridade governamental, e que todos devem participar do governo diretamente e por meio de seus representantes. É o que foi também acolhido pela Constituição de 1988.

Que fica claro: quem compra votos não representa ninguém. “Se o candidato é eleito com o voto comprado, já estará quite com o eleitor, que nada mais pode cobrar. Afinal, ele vendeu e já recebeu pelo seu voto”, alertava, com sabedoria, Sô Pratinha, nas reuniões que parcipava na associação comunitária na campanha eleitoral de 1982.

Foi quando o eleitor brasileiro teve restituído o direito democratico, após o golpe de 1964, de votar praa governador, além de escolher prefeitos e representantes do legislativo pelo voto direto. Já a eleição direta para presidente da República só foi restabelecida em 1989, quando Fernando Collor de Mello, de triste lembrança, foi eleito.

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1 Comentário

  1. E o que importa os erro de portuguêz?Quem fala e escreve correto a língua brasileira neste país colonizado? Muitos falam ingres outros fala outras bobage …
    A mensagem é o meio e ficou craro o que o povo deseja. A virgula não foi feita pra martrata ninguém. A farta de educação do artigo apontando o erro de purtuguez é burrice. Viva o povo politizado do Santa Ruth muito mais educado que o povo do Pará

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