Portinari e Drummond em diálogo trocam correspondências no 3º Flitabira

Imagem: Divulgação

Por obra de pesquisadores de engenharia eletrônica da Unifei, liderados pelo professor Juliano Monte-Mor, Drummond e Portinari vão bater o maior papo na terceira edição do Festival Literário Internacional de Itabira (3ºFlitabira), consoante com o tema Arte, Literatura e Correspondências.

Professor Juliano Monte-Mor, da Unifei (Foto: Reprodução/Acervo Pessoal)

A proeza eletrônica foi obtida com os pesquisadores sintetizando as vozes dos dois como se estivessem lendo as próprias correspondências que trocaram entre si.

Para obter a voz de Drummond não foi difícil. Além de algumas (poucas) entrevistas, há ainda disco por ele gravado com os seus poemas.

Já a voz do pintor, até recentemente sem registro, só foi obtida quando o Projeto Portinari, presidido por João Candido Portinari, seu filho, descobriu uma entrevista dele, em 1946, para uma rádio francesa. “Portinari fala por somente 59 segundos. É o único registro”, informa o colunista Matheus Leão, da revista Veja.

O resultado com a proesa desse admirável mundo eletrônico será conhecido no 3º Flitabira, com extensa e diversificada programação, com João Cândido Portinari lendo as cartas do pai ao poeta, com a sua voz transmudada para a do pai e Pedro Drummond realizando a mesma proesa por obra eletrônica lendo as cartas do avô endereçadas ao amigo Portinari, conta o autor da proeza eletrônica, o professor Juliano Monte-Mor. “As vozes foram sintetizadas pelo estudante de engenharia da computação, Ítallo Lobo Leite Carneiro”.

Quem perder a programação da Flitabira é mulher do padre, não do padre Fábio de Melo que não será dessa vez  que ele virá a Itabira, mas de quem não aprecia a literatura e a arte, achando que tudo é balbúrdia, festa pagã sem reconhecer o papel da cultura que anda efervescente na cidade, que respira poeira de minério de ferro, mas também poesia.

Mais sobre o Flitabira

A abertura do 3º Flitabira contará também com Pedro Drummond, neto do poeta, e João Candido lendo presneiclamente algumas das cartas trocadas entre o poeta e o artista plástico.

“Cada edição de um festival literário tem uma história diferente, um modo de fazer, tem um lugar-comum: uma narrativa. Começa sempre um pouco antes do festival do ano anterior terminar – com o nublar do domingo, sempre o último dia, mas quando, oficialmente, o próximo festival inicia. A gestão anual praticamente nos obriga a agir assim”, explica Afonso Borges, curador do festival e idealizador do Sempre um Papo.

Serviço

III Flitabira – Festival Literário Internacional de Itabira
De 31 de outubro a 5 de novembro
Local: Circuito Cultural do Centro Histórico – Itabira-MG
Informações: www.flitabira.com.br

 

 

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