Pitacos da rodada esportiva
Luiz Linhares*
Com a torcida apoiando, Valério obtém mais uma vitória e está invicto
O Valério teve o sabor de ter o calor de sua torcida jogando em São Gonçalo do Rio Abaixo e isso fez toda a diferença. Foram quase 500 pagantes, um bom número de torcedores, principalmente considerando a dificuldade de deslocamento e tantas outras “pedras no caminho” do glorioso time itabirano.
O certo é que a Arena São Gonçalo tem sido generosa com o Valério: em duas oportunidades, o Dragão itabirano venceu de virada.
O último confronto foi contra o Coimbra – que pertence ao grupo BMG e é formador de atletas, e que conta com toda a estrutura de grande clube. E que vinha invicto e sem levar gols até encontrar o Valério.
O certo foi que o Valério venceu e convenceu. Mostrou aplicação, bom preparo físico e força de reação.
E deixou em seu torcedor uma boa imagem. Com isso, espera-se abrir caminho para uma breve solução de problemas que atormentam os seus dirigentes e pessoas ligadas que gostam do clube.
Encontrar parceiros para resolver pendências que o impedem de jogar no estádio Israel Pinheiro é urgente. Com certeza aumenta o calor que vem das arquibancadas. Com a torcida apoiando, com certeza aumentam as chances para manter o viés de sucesso nas próximas partidas.
Sem se descuidar, Cruzeiro pega o Flamengo pela Libertadores com vantagem
Esta será uma semana importantíssima, decisiva. O Cruzeiro joga mais um clássico do futebol brasileiro com o Flamengo, uma disputa que vale muita grana. E que, lógico, representa a sequência de um ou outro na mais importante competição do continente.
O time celeste tem uma vantagem considerável. E, diga-se de passagem, uma vantagem alcançada, com todos os méritos na primeira partida, no Rio (RJ). É sempre muito difícil vencer o Flamengo no Maracanã, naquele palco com a torcida rubro-negra sempre enlouquecida e jogando com o time.
Essa batalha foi vencida. E os jogadores do Cruzeiro têm agora na mente o acontecido contra o Santos, pela Copa do Brasil. Eles sabem que não podem se descuidar. Nessa partida, o que parecia ser fácil se tornou difícil com a bola rolando. E aí todos sabem a proeza que o goleiro Fábio teve que fazer.
Todo mundo fala que é diferente se jogar uma Libertadores. Concordo. Nela é tudo brigado, decisivo de momento. O time que não tiver aplicação, concentração e espírito guerreiro, fica pelo caminho quase sempre.
O Mineirão, nesta quarta-feira, como se dizia antes de ser reformado vai tremer, com 60 mil vozes que serão ouvidas. Terei, mais uma vez, a honra de acompanhar este grandioso espetáculo.
Como diz o ditado, é preciso manter um olho no gato e o outro no rato. Pelo Brasileiro, o Cruzeiro venceu o Fluminense e se reencontrou com a vitória mesmo estando pensando em Libertadores.
Foi uma vitória importante, o deixa naquela posição de espera. A tempestade de Libertadores e Copa do Brasil vai passar. E o time terá ainda três meses para se consertar algum estrago. Ou pelo menos para tentar.
Atlético vacila, oscila e não se impõe diante do Vitória. E perde três pontos
A diferença de um time comum para um vencedor se encontra obviamente em sua postura, naquilo que se impõe dentro de campo, no ditar as regras. Acompanhei a partida em Salvador contra um desesperado Vitória. E o Atlético não se fez acontecer. Verdade que melhora de produção, mostra ser um time melhor assentado.
Mas aonde foi parar aquela garra atleticano, aquela fome de bola, aquela briga em cada lance e o famoso sangue no olho geral do time? O time alvinegro agrada em momentos sem conseguir se impor.
Hoje em dia, o futebol vai seguindo uma burocracia que até se confunde com outras coisas que nos fazem muito mal. Vejo o time do Atlético dentro de campo muito mais preocupado com a postura do arbitro, tenta muito se impor a ele, e isso tem atrapalhado muito, pois mexe no psicológico dos jogadores.
Considero que sempre se achar prejudicado não condiz com um time que pretende ser vencedor. Para sair da fila de 46 anos sem ganhar o Brasileiro, o Atlético precisa mudar a postura. Tinha que chegar em Salvador e se impor diante de uma equipe mediana como o Vitória. Aceitar tudo como azar ou fatalidade nada gera de positivo. Só atrapalha.
América empata com o Flamengo e mantém a luta por um final feliz
De pontinho em pontinho o América vai se posicionando no ponto intermediário, sempre arriscado, mas controlado. Empatar com Palmeiras, Fluminense e Flamengo em casa não se pode avaliar como sendo negativo.
O que não pode é se perder em confrontos diretos, sempre na luta por um final de ano feliz. Vai se saindo razoavelmente o Coelhão.