Oscar para ‘Ainda estou aqui’, de Walter Salles, é prêmio que falta para o audiovisual brasileiro, diz professor da ESPM

 Fernanda Torres, o diretor Walter Salles e Selton Mello, no Festival de Veneza: portas abertas para o cinema brasileiro

Foto: Divulgação

A Academia Brasileira de Cinema escolheu o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, para disputar uma indicação ao Oscar 2025 na categoria de melhor filme internacional.

Márcio Rodrigo, professor do curso de Cinema e Audiovisual da ESPM, acredita que o prêmio tem um efeito mitológico para o audiovisual brasileiro, já que o Brasil concorreu diversas vezes, desde os anos 60, com a obra O Pagador de Promessa, mas nunca trouxe a estatueta para casa. “É o prêmio que talvez falte hoje para o cinema brasileiro”, diz.

Rodrigo acredita que há boas chances de o Brasil chegar à seleção dos cinco indicados a conquistar a estatueta de filme internacional. “Primeiro, porque se trata de um filme dirigido pelo Walter Salles, que já esteve nessa indicação por Central do Brasil no Oscar de 99. Segundo, porque tem a presença de Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, que foram muito ovacionadas e bem criticadas pela atuação recentemente no Festival de Veneza.”

Por fim, o professor da ESPM explica que o longa-metragem é o primeiro projeto de filme original da Globoplay e pode abrir uma janela de oportunidades para diretores cineastas brasileiros.

“O filme marca a estreia da plataforma, que tradicionalmente produz séries originais para os seus conteúdos de streaming SVOD – plataformas por assinatura, e que agora está produzindo filmes brasileiros também”.

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