O neoliberalismo se encaixou, faz tempo, na arte da manutenção do subdesenvolvimento 

Arte: Mundo Educação

 Veladimir Romano*

Uma das armas mais robustas do capitalismo tem sido a capacidade em manipular sistemas, transformando sua mitificação numa apologia do ressurgimento, como se no mundo não haja legitimação para alternativas confirmadas não na produção de números bastos, mas na ocorrência de juízos, experiências, resultados insubmissos apenas a um estilo, colocando imposições que depois chocam com a própria liberdade do sistema democrático tal como o entendemos.

Economias e processos nacionais, no presente, em retumbância, recebem impactos de países como Alemanha, Reino Unido, EUA, França, Japão, Emirados, Arábia Saudita, Qatar, Austrália etc., onde o capitalismo tomou formato animalesco e livre, praticando geoestratégias políticas traduzindo mais tarde em propagandas de “caridade” e discursos sedutores, sempre com o grande capital financeiro subindo a outros patamares, .especulando tráficos convertidos ao inicial convencionalismo ainda que não pareça.

Ele fiscaliza sem mágoas, salta em frente sem escrúpulos, a seu bel-prazer toma decisões produzindo completo oceano de tensões internas de cada uma das nações débeis, sendo maioria, tal capitalismo se vai segurando nas cordas gastas e curtas. Como poderemos apreciar, nações economicamente ultrapassadas pela penitência neoliberal jamais retificam suas dívidas mantendo-se em um antes longo, traidor e penoso ciclo vicioso. O caso recente da Argentina, é uma cópia das mais perversas desses resultados.

Criando crises [algumas bem artificiais], mercados financeiros de forças conjuntas podem controlar outras economias por um lado, aumentando agregações da chamada “solidariedade”, morando aqui quantas razões para traficância, burlas sujeitando cada milésimo de segundo ao alimento desbaratado. E assim foge a riqueza real ao retiro de fortunas vantajosas, quando essas deveriam constituir fundos de responsabilidade social.

No sistema capitalista deliberado em grande escala pelo entendimento das multinacionais e governantes concordatos, sucumbe a sobrevivência [daqui variam organizações confirmando descalabros ambientais e pobreza sem soluções] pronunciando tais “avisos”, adicionais parasitismos entregando estratagemas através da corrupção trabalhada no interesse recíproco deste neoliberalismo.

E sempre na preparação de novas ofensivas, componentes anteriormente equacionados contando nesta relevância a instrumentalização também dos “mídia”, alimentando a concepção neoliberal; independências e prudência, passam a poderosa desconfiança por onde nenhum Feng Shui com todo seu exotismo, consiga salvar. O neoliberalismo se encaixou, faz tempo, na arte da manutenção do subdesenvolvimento.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.

 

 

 

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