O arranjo é segregar e desumanizar a Rússia

Soldados do regimento neonazista Azov , em Kiev, Ucrânia.

Foto: STR/NurPhoto,
 via Getty Images 

Veladimir Romano*

Se acumulam com enorme rapidez diversas ocorrências, seguindo outras, pelo caminho, apenas se junta dor, sofrimento, destruição e cadáveres. Parece ser assim estabelecida uma nova ordem mundial.

Alguns se esquecem, entretanto, dos 28 mil judeus assassinados na Ucrânia, também crianças, mulheres, idosos, homens, covardemente abatidos sem nenhuma chance onde pudessem ter defesa.

Foram nazis, ucranianos fascistas que ainda nas gerações modernas perduram fascinadas e lunáticos se vão mantendo nas suas milícias, das quais em sua juventude, Volodymyr Zelenski pertenceu.

Não surpreende que seja igualmente financiador desses grupos praticantes nazistas relatados pela mídia norte-americana quando o New York Times, na última semana, destacou personagens do poder ucraniano onde históricos registram tamanha diversão idealista.

Incluiu vídeos com milionários predominantes na política e governação atribuindo apoio financeiro aos descendentes da reação, em tempos, executantes militares assassinando sindicalistas, operários, agricultores e bolcheviques.

Através de oásis fiscais chega o dinheiro com transferências, como anda fazendo o Pentágono financiando laboratórios biológicos, fabricando bactérias e vírus.

O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, desde 2017, vem avisando sobre uma centena de laboratórios espalhados na Europa financiados pelo Pentágono.

Agora se entende da birra de Donald Trump sobre o filho de Joe Biden, Hunter Biden, de supostos negócios pouco claros na Ucrânia, assunto que poucos entenderam.

Bem no Conselho de Segurança, a Rússia tem insistido para uma investigação independente, coisa que a Casa Branca não aceita… não surpreende que o mesmo jornal de Nova York tenha recebido pedidos e até tentativas de censura para não publicar certas notícias relacionadas com o poder ucraniano, nem tão pouco sobre laboratórios.

O mesmo aconteceu com o deputado espanhol Enrique Santiago, quase castigado pelo Parlamento madrilenho quando achou que não tinha porque aplaudir o presidente ucraniano.

O Ocidente cortou a maioria da imprensa russa, porém não se censura o Russia24, canal pago por norte-americanos, ingleses e ucranianos oligarcas do crime organizado.

Ao contaminar informação, procura esse canal desumanizar a cultura da Rússia encontrando na segregação arma sofisticada. Infesta com o pior veneno informativo feito por especialistas, também achando que a “nuclearização da Ucrânia” é o melhor argumento para se reencontrar a paz, assim como “debilitar a Rússia” será panaceia boa.

Lembro aqui que quando se formalizou a Otan, eram 12 nações europeias, depois passou a 16 e, embora todas as “ameaças” do Leste se tenham desvanecido.

O aumento da hostilidade da União Europeia servindo cada pedaço do sentimento excêntrico e gula capitalista dos norte-americanos, ve, transformando a ordem militar agora com 30 membros assanhados caindo sobre a soberania de outro país, nada mais do que manobras mortais.

Voltando ao vídeo editado pelo New York Times, divulgam imagens de jovens soldados russos chacinados pelos torturadores ucranianos; prisioneiros de guerra que tiveram primeiro as pernas cortadas antes de serem assassinados.

Todos sabem que guerras não trazem coisa bonita e a utilidade apenas serve a quem seja vendedor de armamento e fabricante empenhado em manter seu negócio lucrativo.

Assunto certo é o ponto sem retorno que igualmente já se atingiu. Mas o pior é chegar ao teto quando perdemos já toda a dignidade e nem será bom falar em diplomacia.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.

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2 Comentários

  1. Uma guerra dominada pelas informações e contrainformações, mas também pela censura imposta à divulgação de todas as notícias aos países ocidentais.

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