Nos próximos meses, toda rede de iluminação pública em Itabira passa a contar com lâmpadas LED
A Prefeitura de Itabira irá substituir todas as lâmpadas a mercúrio e a vapor, predominantes na iluminação pública na cidade, por lâmpadas LED (Light Emiting Diode), que são econômicas e mais duráveis.
A informação foi prestada pelo vereador Neidson Freitas (PP), líder do prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), na reunião da Câmara Municipal, na terça-feira (26), ao enumerar outros investimentos que serão feitos pela administração municipal nos próximos meses. “É uma mudança que irá melhorar a iluminação em prol da segurança pública.”
O secretário de Obras, Ronaldo Lott Pires, responsável pela gestão da iluminação pública na cidade, confirma a informação. Segundo ele, o contrato para que ocorra essa substituição já foi assinado, assim como a ordem de serviço, em 1º de novembro. No total, serão substituídas 14,2 mil lâmpadas em toda a cidade.
A empresa Selt Engenharia foi vencedora da licitação. Terá prazo de 60 dias para iniciar a substituição e prazo de quatro meses para realizar as trocas. Com a substituição, a economia prevista é de 56% sobre o valor pago à empresa concessionária de energia.
Essa economia, entretanto, diz, não refletirá na redução da conta de luz paga pelo usuário. “A taxa de iluminação não é definida pela Prefeitura, mas pelo órgão regulador do sistema nacional”, explica.
Para o consumidor, a vantagem será a melhoria da iluminação pública em toda a cidade. “No início deste governo, fizemos uma reunião com a Polícia Militar que elencou a necessidade de melhorar a iluminação na cidade como meio de aumentar a segurança pública.”
Parceria
Pelo modelo adotado de parceria público-privada, essa troca não implicará em investimentos imediatos da Prefeitura, uma vez que a alocação dos recursos será feita pela empresa vencedora da licitação.
O valor dessa substituição está orçado em R$ 29 milhões – e será pago pelo município no prazo da vigência contratual de cinco anos. Antes, a Prefeitura pensou em um contrato de 20 anos, mas mudou de ideia pelo alto custo dos juros e da taxa de retorno pelo investimento privado. (leia mais aqui)
Os repasses para o pagamento do investimento serão mensais, deduzidos da arrecadação que a Prefeitura obtém com a Contribuição Social de Iluminação Pública (Cosip), que é a taxa de iluminação paga pelo consumidor juntamente com a conta de luz.
Mesmo com o contrato em vigor, a Prefeitura ainda disporá de recursos da ordem de R$ 1 milhão, obtidos com essa taxa de iluminação, para investir na demanda ocasionada pela expansão urbana.
Economia
De acordo com o secretário, com a taxa de iluminação a Prefeitura arrecada anualmente cerca de R$ 9 milhões – e tem um custeio em torno de R$ 4,8 milhões, que é pago à empresa concessionaria de energia elétrica, referente ao fornecimento de energia elétrica para a iluminação pública.
“A nossa expectativa é ter uma economia anual em torno de R$ 2,3 milhões com a substituição por lâmpadas LEDs”, avalia Ronaldo Lott.
De acordo com Lott, essa economia inicial será suficiente para quitar, em cinco anos, a contratação do investimento na melhoria da iluminação pública. “Atualmente, esse superávit é empregado na substituição de lâmpadas queimadas e na extensão da rede, como na abertura de novas avenidas.”
Além de economizar no custeio da iluminação pública, outra vantagem da troca é o tempo de vida útil da lâmpada. Enquanto uma lâmpada comum não chega durar um ano, a LED tem vida mais longa, em torno de dez anos, é o que consta como uma das justificativas para a substituição.
Durante o período de vigência do contrato, a manutenção da iluminação pública fica a cargo da empresa contratada. Atualmente a Prefeitura tem um gasto anual em torno de R$ 1,3 milhão. “A diferença do que será repassado é para pagar o investimento na nova iluminação da cidade.”
Melhorias futuras
Após o término do contrato, assim que for pago todo o investimento em cinco anos, Ronaldo Lott diz que o ativo obtido com a substituição passa a pertencer ao município. E que a partir daí, a Prefeitura terá sobra de recursos em caixa para fazer novos investimentos em outras melhorias na iluminação da cidade.
Entre esses investimentos no futuro, Ronaldo Lott enumera a antiga reivindicação de substituir a rede elétrica do centro histórico por cabos subterrâneos. “Após cinco anos, findo o contrato, a Prefeitura disporá de recursos para investir, inclusive, na substituição dessa rede elétrica por galerias subterrâneas”, prevê.
O investimento no cabeamento subterrâneo, passando pela rua Água Santa, Dom Prudêncio, Tiradentes até a igreja Rosarinho, é avaliado em R$ 15 milhões.
Outra melhoria possível para reduzir custos pode ocorrer com o que chama de dimerização, que consiste no controle intensidade da luz, de acordo com a demanda durante a noite. Exemplos: se a iluminação acende às 18h, até às 20h pode ter uma intensidade de 15%. A partir daí, até 1h, passa a ser de 100%. E daí em diante, até 6h, ficaria com 80% da luz incidente.
“Esse pode ser outro investimento futuro que diminuirá ainda mais o custeio com a iluminação pública na cidade”, acredita o secretário municipal de Obras, que acompanha a mesma substituição de lâmpadas na capital mineira.
“Por intermédio de uma PPP, Belo Horizonte já substituiu cerca de 20% de sua rede de iluminação pública por lâmpadas LED, um contrato com prazo de vigência de 20 anos. Optamos por um período mais curto, quando todo ativo retorna ao município, que volta a cuidar da manutenção.”
A Prefeitura Municipal assim como a Câmara de Vereadores deveriam dotar em todos os prédios públicos próprios o sistema de geração de energia elétrica fotovoltaica, ou seja, pela luz do sol. O sistema é interligado à rede elétrica reduzindo o valor pago a concessionária de energia elétrica, cerca de 95 por cento do valor do consumo atual e compartilhado com a rede. No caso a PMI e CMI passam a ser produtores de energia elétrica.