No enfrentamento ao racismo estrutural, o coletivo Mulheres na Praça promove debate virtual sobre as condições de vida e trabalho das mulheres negras

Proposta do coletivo é ocupar as praças com arte e debates de interesse da coletividade. Mas com a pandemia da Covid-19, momentaneamente, isso ficou impossível – e estão todas em casa, só saindo em caso de extrema necessidade.

Mas isso não é motivo para o coletivo Mulheres na Praça ficar inativo. E mesmo com o isolamento social, não deixa os seus propósitos para o pós-pandemia, que se espera para breve, desde que todos façam a sua parte ficando em casa na medida do possível.

Para manter acesso o debate sobre questões fundamentais, o coletivo irá promover duas lives nas próximas sextas-feiras, com foco especial, neste momento, sobre o racismo e a sua relação com as mulheres negras.

O primeiro debate será nesta sexta-feira (26), e o segundo na sexta-feira seguinte (3), às 20h, na página do coletivo no instagram @mulheresnapraca. A primeira live irá apresentar o tema Combate ao racismo: os desafios da mulher negra. E a segunda abordará o tema A mulher negra e o mercado de trabalho.

Da primeira live participarão as palestrantes convidadas Lia Andrade, que abordará o tema As vivências da mulher negra. Isso enquanto Júlia Soares irá falar sobre a Representatividade na construção da identidade e Isabela Carolina fica com o tema Solidão da Mulher Negra. A mediação dos debates será de Joice Rocha.

Exclusão social

De acordo com o coletivo Mulheres na Praça, 63% das casas brasileiras são chefiadas por mulheres negras – e a maioria vive em situação abaixo da linha pobreza. Além disso, as mulheres negras são 64% das vítimas de violência doméstica, recebem os menores salários e não são incluídas nas políticas públicas estatais.

“A violência e a opressão contra as mulheres negras emergem na estrutura patriarcal, machista e racista de nossa sociedade. É preciso lutar por mudanças estruturais em nossa sociedade e por políticas públicas para acabar com os estereótipos e permitir às mulheres negras o acesso à saúde, educação, saneamento básico, moradia e condições dignas de vida. O que é um direito de todos”, defende o coletivo Mulheres na Praça.

Com as lives, o coletivo se junta às manifestações antirracistas que estão ocorrendo em todo o mundo, trazendo esse importante debate ao município, em especial das mulheres negras. Afinal, “vidas negras importam”.

Para assistir e participar dos debates nas duas lives, basta entrar na página do coletivo do instagram@mulheresnapraça. E junte-se ao coletivo no combate ao racismo. Agende-se. E ajude a divulgar.

Foto em destaque: Reprodução/Sindicato dos Bancários de São Paulo.

 

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