É sepultado no Rio o corpo do jornalista Sérgio Cabral, um dos fundadores do Pasquim

Foto: Reprodução/
Instagram/SCF

Da redação* – O escritor e jornalista Sérgio Cabral morreu nesse domingo (14) aos 87 anos. Devido à sua saúde fragilizada, ele estava internado em um hospital do Rio de Janeiro. A notícia de sua morte foi compartilhada pelo seu filho, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral Filho, pela rede social.

“Ele resistiu por três meses. Peço que orem por ele, pela alma dele. Por tudo o que ele fez no Rio de Janeiro e no Brasil. Pela música e pelo futebol, pela família linda que ele construiu”, escreveu o ex-governador informando sobre a morte do pai, que sofria de Alzheimer há anos.

O seu corpo foi velado nesta segunda-feira (15) e foi sepultado na sede náutica do Vasco da Gama, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Juntamente com Jaguar, Ziraldo, Tarso de Castro, Cabral foi um dos fundadores do semanário O Pasquim, ícone da imprensa alternativa na luta pela resistência, com humordaz, crítica contundente e corrosiva, voraz, mordaz e satírica à ditadura militar (1964-85).

Foi preso por isso, em 1969, pouco depois da edição do famigerado ato institucional número 5 (AI-5), de triste lembrança.

Sua carreira no jornalismo começou aos 20 anos de idade no Diário da Noite. Sérgio Cabral trabalhou como repórter, redator, cronista, editor e comentarista de esportes e de música. Passou por diferentes veículos impressos e por emissoras de televisão.

No Pasquim ele foi o grande responsável pelo resgate e preservação da memória da música brasileira, o que fez também como produtor musical de artistas como Baden Powell, Done Ivone Lara, Elizeth Cardoso.

Ele tinha paixão pela música popular brasileira e pela precisão jornalística. E também pelo futebol. O escritor é autor de biografias de artistas da música popular, como Pixinguinha, Nara Leão, Ary Barroso, Tom Jobim.

Foi também compositor de sucesso nos anos 1970. Entre as letras de sua autoria que fizeram mais sucesso está Os Meninos da Mangueira, parceria com Rildo Hora.

Carioca nascido no bairro de Cascadura, na zona norte da cidade, Sérgio Cabral tinha outra paixão notória: o Vasco da Gama. Tanto que em 1998, foi o responsável pela publicação do Livro Oficial do Centenário do Club de Regatas Vasco da Gama.

Na política, exerceu três mandatos como vereador do Rio, entre 1983 e 1993. Na década de 1980, ocupou também o cargo de Secretário Municipal de Esportes e Lazer. Foi ainda conselheiro do Tribunal de Contas do Município entre 1993 e 2007, quando se aposentou.

*Com informações de Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil .

 

Posts Similares

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *