Ministra Gleisi Hoffmann critica governadores por não reconhecerem apoio federal para o pagamento de suas dívidas estaduais

Foto: José Cruz/
Agência Brasil

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, utilizou a plataforma X na manhã desta terça-feira (18) para criticar a postura de governadores de estados beneficiados pelo apoio financeiro da União.

Segundo ela, em fevereiro deste ano, o governo federal desembolsou R$ 1,33 bilhão para honrar dívidas garantidas de Minas Gerais (R$ 854,03 milhões), Rio de Janeiro (R$ 319,76 milhões), Goiás (R$ 75,94 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 72,95 milhões).

Apesar do suporte financeiro, a ministra destacou a ausência de manifestações de gratidão por parte dos gestores estaduais, que frequentemente adotam posições de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ao contrário, eles estão entre os que mais atacam o presidente, fazendo oposição sistemática a quem os socorre na hora mais difícil”, ela criticou.

Em sua publicação, Hoffmann ressaltou o compromisso histórico de Lula com as instituições e respondeu a críticas recentes. “O presidente Lula tem histórico de respeito às instituições e de transformação do Brasil para melhor. Não é ele quem teme perder, mas sim aqueles que temem enfrentar a justiça”, afirmou.

Apoio federal

O Tesouro Nacional revelou que, desde 2016, a União já honrou R$ 77,32 bilhões em dívidas de estados e municípios, mas recuperou apenas R$ 5,68 bilhões em contragarantias.

Grande parte dessas dívidas está associada a estados no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que permite a suspensão temporária da execução de contragarantias.

Além disso, a recente Lei Complementar nº 212/2025, sancionada pelo presidente Lula, criou o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), oferecendo condições mais vantajosas para refinanciamento, como taxas de juros reduzidas e prazos de até 30 anos para quitação.

Daí que a falta de reconhecimento público, conforme apontado pela ministra, ilustra a complexidade das relações entre União e estados. Especialistas afirmam que um diálogo mais construtivo entre as esferas de governo é essencial para enfrentar crises econômicas e fortalecer a federação brasileira.

Além disso, o Propag prevê contrapartidas importantes, como investimentos em educação, saneamento e segurança pública, que podem beneficiar diretamente a população.

 

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