Marcenaria celebra tradição milenar e destaca sua relevância nesta quinta-feira (19), quando comemora o seu dia
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Responsável por grande parte da mobília de um lar, a marcenaria desempenha o papel de organizar, ampliar e embelezar os ambientes
No dia 19 de março, celebramos duas das profissões mais antigas da humanidade, que possuem afinidades entre si: a carpintaria e a marcenaria. A data também homenageia São José, o carpinteiro mais famoso da história, pai adotivo de Jesus Cristo e santo reverenciado pelos cristãos católicos.
Embora tanto carpinteiros quanto marceneiros utilizem a madeira como principal matéria-prima, suas funções diferem significativamente. Enquanto os carpinteiros atuam principalmente na construção civil, trabalhando com madeira bruta em pisos e estruturas de sustentação, os marceneiros empregam técnicas refinadas para a criação de móveis.
É sobre esse último ofício, que transforma madeira em arte, que consta nesta reportagem. Antônio Abel Rosa, marceneiro há mais de 42 anos, herdou o ofício de seu pai e hoje, junto ao seu sócio, atende na Grande Goiânia e até fora de Goiás. “Meu pai era um marceneiro nato desde os anos 40, então eu nasci e segui esse ramo. Deixei o comércio, em 1974, para trabalhar nessa área e continuo nela até hoje”, conta Antônio, de 66 anos.
Com mais de quatro décadas de experiência, Antônio destaca a chegada da tecnologia como a maior transformação na marcenaria. “Hoje é mais simples, porque eu sou da época da marcenaria raiz, quando pegávamos a madeira bruta e fazíamos o móvel do zero, praticamente. Hoje, com a tecnologia, é muito mais fácil, seguro e prático”, afirma o marceneiro.
A arte de transformar a madeira

Para Antônio, transformar chapas de madeira em móveis bonitos e funcionais é o aspecto mais gratificante da profissão. “Você pega um projeto no papel e o torna realidade, transformando algo básico em um móvel que embeleza o ambiente e traz felicidade ao cliente. É isso que me faz seguir na profissão até hoje”, diz.
Adriana Borges, arquiteta e coordenadora de arquitetura da Yutá, enfatiza a importância da parceria entre arquitetos e marceneiros na composição de ambientes. Enquanto o arquiteto idealiza o espaço, o marceneiro o executa com precisão.
“Um bom marceneiro precisa ter uma execução impecável, alinhada ao projeto aprovado pelo cliente. Entre os diferenciais estão qualidade técnica, atendimento pós-venda, garantia e a excelência tanto nos produtos quanto na montagem”, destaca.
Presença em todos os ambientes

De acordo com Adriana, a marcenaria está presente em todos os cômodos de uma casa, otimizando e organizando os espaços. Por isso, também representa um dos itens mais onerosos na mobília. “Em alguns casos, pode equivaler de 25% a 30% do valor total do imóvel”, pontua.
Adriana exemplifica citando os decorados do Synergia Bueno, projetados pelas arquitetas Juliana Sabbatini, Thalita Bessa e Mayara Lopes, executados pela marcenaria de Antônio Rosa. “No Synergia, o aproveitamento de espaço e o conceito do projeto destacam-se. A marcenaria de alta qualidade proporciona um ambiente atemporal, onde o luxo está na exclusividade e na excelência do produto”, completa.
Atualização e tendências
A arquiteta também ressalta que a marcenaria segue tendências, como acabamentos naturais, texturas, formas orgânicas e cores neutras, aliados à sofisticação nos detalhes e ferragens de qualidade. Antônio concorda: “Se você não se adapta, fica fora do mercado. É preciso se atualizar e acompanhar as novidades”.
Com sua rica história e constante evolução, a marcenaria continua sendo uma profissão indispensável, que alia tradição, criatividade e inovação.
Muito bom!