Lula escolhe novo marqueteiro que defende o fim dos programas eleitorais por falta de interesse do telespectador

Lula e o publicitário Sidônio Palmeira

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)

Rafael Jasovich*

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu, em reunião com a coordenação de sua pré-campanha, a contratação do marqueteiro baiano Sidônio Palmeira para trabalhar com ele na disputa presidencial deste ano.

Palmeira substitui Augusto Fonseca, demitido na semana passada, e ligado ao ex-ministro Franklin Martins.

Na mesma reunião, foi sacramentada a entrada do senador Jaques Wagner na coordenação da campanha, depois de ter sido convidado há cerca de três semanas por Lula e pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Porém, o senador vinha avaliando se atuaria na campanha presidencial ou se dedicaria integralmente à eleição do pré-candidato petista na Bahia, Jerônimo Rodrigues.

Sidônio conduziu as campanhas vitoriosas de Jaques Wagner e de Rui Costa ao governo da Bahia, entre 2006 e 2018. De perfil discreto, ele rejeita o rótulo de marqueteiro. É dono da Leiaute Comunicação e Propaganda.

Sidônio defende a tese de que os programas eleitorais deveriam acabar por falta de interesse do telespectador. A propaganda política, segundo a sua visão, deveria ficar concentrada apenas nos comerciais exibidos durante a programação regular.

Franklin Martins perde força com a cúpula do PT, mas continua na assessoria do presidenciável Lula.

As críticas ao marqueteiro anterior eram muito fortes na cúpula do PT e indicavam a falta de emoção nas inserções da TV e também o valor por ele pretendido para fazer a campanha, considerado muito alto.

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