Itabira vai receber mais de 50 comunidades quilombolas e indígenas da bacia do rio Doce no Festival Fala Quilombo. Confira e participe

A programação inclui debates e oficinas sobre a cultura negra, cortejos, shows musicais com Maurício Tizumba e Tambor Mineiro, banda Mãe África, Sérgio Pererê e muito mais

Após a primeira edição, em 2021, o Festival Fala Quilombo acontece neste ano, ampliando o seu público-alvo e sua área de atuação para bairros da cidade de Itabira e escolas da rede municipal de ensino, potencializando as ações, discussões e confluências que afetam as pessoas negras e indígenas em nossa região.

É assim que, com vasta programação descentralizada, o festival tem início na sexta-feira (24), com abertura oficial no Museu Histórico de Itabira (Praça do Centenário, 116, Centro), estendendo-se até o dia 22 de junho.

A programação contempla uma série de atividades de formação e mobilização voltadas às áreas de educação e geração de renda para pessoas negras, periféricas, quilombolas e indígenas.

Com o tema “Renda e educação para uma verdadeira abolição” o festival propõe a releitura sobre a data 13 de maio, elucidando o povo negro como o verdadeiro responsável pelo fim do regime escravagista, conforme explicam os organizadores do festival.

Propõe também reflexões sobre como a população negra segue vivendo nos últimos 135 anos uma realidade de opressão pela falta de acesso, principalmente, à educação de qualidade e renda digna.

Para a organização do festival, dedica-se uma equipe multidisciplinar de produção, composta por quilombolas, pesquisadores e lideranças de movimentos sociais, dentre outros. Trata-se de um evento de caráter estadual, devendo atrair público diverso de diversas regiões do país a Itabira.

“Os estudos de comunidades tradicionais e manifestações culturais afro-diaspóricas estão em diálogo no Brasil e no mundo. A realização de eventos deste porte coloca o município de Itabira em posição de destaque no centro e na vanguarda de importantes discussões sociais, econômicas e políticas destes respectivos grupos para proporcionar a fundamental inclusão democrática, além de fomentar o turismo local e a articulação de pesquisadores e demais interessados”, frisa João o professor João Lucas da Silva, um dos organizadores do festival.

O festival contará com uma série de palestras, oficinas, mesas redondas acerca do protagonismo afro-brasileiro. “Vamos dar ênfase à discussão de um ecossistema empreendedor, como estratégia econômica para enfrentamento de desigualdades e vulnerabilidades”, acrescenta o professor da Unifei.

O objetivo é promover articulações multissetoriais com diferentes atores, como investidores, instituições públicas e universidades. Para isso, propõe articular regiões, territórios ou localidades onde seja possível observar diferentes práticas e tipos de empreendedorismo (como o empresarial, social e sustentável), com diferentes portes e experiências.

A expectativa é criar um ambiente propício à construção e manutenção das redes sociais e de colaboração, além da difusão e compartilhamento de visões de mundo, práticas, saberes, técnicas e ferramentas. “Tudo isso pode ser fomentado a partir de estratégias coletivas de produtos ou serviços, possibilitando um ambiente potencial para uma economia criativa e sustentável nas comunidades.”

A partir desse diálogo e enfatizando as relações sociais, as produções econômicas e a cultura quilombola e indígena, é possível ressignificar economias em consonância com os territórios e as potências econômicas locais, por meio da construção do empreendedorismo.

Valoriza, de acordo com uma visão sociológica e antropológica, o protagonismo das populações tradicionais em diferentes conformações de tamanho de membros, área, recursos ou oferta de produtos ou serviços.

“Isso para que possam ser informadas de forma qualificada e transparente sobre os seus direitos, empoderadas para as negociações em que são parte. Ganham assim  autonomia para escolher cenários baseados numa leitura real e interconectada das possibilidades do seu território e de suas relações sociais e econômicas”, enfatiza João Lucas.

Junto a tudo isso, um encontro de comunidades tradicionais pode fortalecer significativamente o turismo da cidade sede por várias razões. Promove a cultura local, a geração de renda, estimula o desenvolvimento sustentável, conscientiza sobre a importância da preservação do patrimônio cultural.

 Encontro de comunidades quilombolas

O ápice das atividades é a celebração do encontro de comunidades quilombolas e indígenas da bacia do rio Doce com a população de Itabira e alunos da rede municipal de educação. As ações do festival serão executadas durante três meses e serão divididas em quatro eixos.

Os organizadores esperam receber em Itabira mais de 50 comunidades quilombolas e indígenas para troca de experiências e saberes, por meio de oficinas, mesas de discussões, feiras de produtos e artesanatos.

Haverá também apresentações artísticas com shows, desfile de cortejos pelas ruas da cidade, além de outras atividades capazes de demonstrar e articular a proposta interativa e empreendedora do encontro.

Confira:

Exposição

Fala Quilombo: uma palavra que tem história

Curadoria de Vanessa Faria

Local: Museu Histórico de Itabira (Praça do Centenário, 116, Centro)

Data: 25/05 a 22/06

A abertura será no dia 25/05, às 19h, durante o Festival Fala Quilombo.

No idioma quimbundo, uma língua africana derivada do tronco-linguístico banto, a palavra quilombo significa local de descanso ou local para acampamento. No Brasil, os quilombos surgem como uma possibilidade de resistência e de vivência em comunidade, em contraposição ao regime escravocrata.

Passados os séculos e conquistada a liberdade, esses territórios ancestrais representam, hoje, um lugar de reunião fraterna e livre, de solidariedade, de convivência e de comunhão existencial de e entre pessoas negras (Abdias Nascimento, 2002).

E como dizia a historiadora e ativista negra, Beatriz Nascimento, “Quilombo é uma história. É uma palavra que tem história”. Assim, nesta exposição, o Museu de Itabira abre espaço para que a voz das comunidades quilombolas da bacia do rio Doce ecoe e conte a sua história.

A exposição apresenta o pensamento de importantes pesquisadores e ativistas negros. Conta com objetos variados vindos de diversas comunidades e que nos mostram um pouco sobre o fazer e o viver cotidiano dentro desses territórios ancestrais; fala de valores e conceitos importantes para a tradição e culturas negras afrodiaspóricas.

E apresenta, de forma lúdica por meio de jogos interativos, personagens e acontecimentos históricos que ensinam sobre a luta por liberdade e por direitos ao longo dos séculos e que nos inspiram a seguir em frente.

Possibilita a visita virtual aos dois quilombos certificados de Itabira (Morro de Santo Antônio e Capoeirão). Convida a uma reflexão e ressignificação do 13 de maio – Dia da Abolição da Escravatura no Brasil – e da luta por liberdade e por direitos da população negra em nosso país.

HQ

A primeira edição do Gibi Fala Quilombo celebra a cultura viva dos povos afrodescentes que nos é apresentada por uma família itabirana linda e muito engajada na luta do povo negro e quilombola.

Jacira, Francisco, Lucas Akin, Luana Ayó, Vó Tita e outros personagens vão alinhavar essa emocionante história que se inicia em sala de aula, adentra a casa dos nossos personagens e chega ao quilombo.

Trata-se de uma narrativa cheia de aprendizados, descobertas, reflexões e ensinamentos que tem como pano de fundo a história da nossa cidade e do nosso povo!

O Gibi conta com ilustrações do cientista social, desenhista e escritor Ed Souza. Foi escrito por pesquisadoras, mestres e doutoras em diversas áreas do conhecimento e que se encontram no estudo da temática étnico-racial: a cientista política Grécia Mara, a cientista social e antropóloga Lidyane Souza e a historiadora Vanessa Faria.

O projeto tem a coordenação do professor pós-doutor João Lucas da Silva, que também é um dos coordenadores do projeto de Pesquisa e Extensão OCDOCE/Unifei,  Campus Itabira

E conta com a importante parceria da Prefeitura Municipal de Itabira, por meio da Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Educação e Esporte e Lazer.

O Gibi Fala Quilombo será utilizado pela Secretaria Municipal de Educação como recurso didático nas escolas municipais de Itabira – e também nos projetos sociais da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

Para isso, nesta sexta-feira (17), das 9h às 12h, será feita uma capacitação com os profissionais das secretarias de Educação e de Esporte e Lazer para apresentação do material, discussão e proposição de estratégias didáticas para o uso do Gibi.

A capacitação será ministrada por João Lucas da Silva, Vanessa Faria e Lidyane Souza, envolvidos diretamente na feitura do HQ. Contará também com a participação de Lia Andrade, ativista das causas sociais da população negra e periférica de Itabira.

Estima-se que mais de 10 mil crianças e adolescentes terão acesso ao conteúdo didático do Gibi  que dialoga com as áreas de História, Geografia, Literatura.

Apresenta, portanto, um caráter interdisciplinar, em cumprimento da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares dos ensinos fundamental e médio.

Apresentações Artísticas

Haverá uma série de apresentações culturais: teatro, shows, Slam, apresentação de grupos culturais.

Programação

24/05/24 – Praça do Centenário

Negro Sou

Hip Hop Old School

Willian Maranata: Rapper com letras tocantes,voltadas a conscientização e ao resgate relacionado ao crime e drogas

Mc Keiron: Mc versátil com várias vertentes em suas letras,funk,rap e Trap,vem trazendo a realidade das favelas, e exaltando sempre que se pode vencer por meio da arte

Márfia NVS: Pioneiros do Rap Itabirano, são um dos primeiros grupos de rap da cidade, com mais de 20 anos de carreira, trazem em suas músicas a realidade das favelas, denunciando também o racismo e a estrutura que gera desigualdade social.

Shall: Rapper com 11 anos de carreira vem denunciando as atrocidades do Estado em suas músicas, sempre aconselhando o jovem a fugir das amarras do crime. Seu foco é o rap com letras fortes, relacionado ao racismo e o que ele causa, e críticas ao sistema

 Tiago Luiz

Nascido na cidade de Itabira, sua jornada na música já ultrapassa os 17 anos. Sua paixão por essa arte começou nos festivais da escola, onde teve a alegria de conquistar alguns prêmios que foram muito valiosos para ele.

Em 2006, teve a oportunidade de participar do primeiro programa “Ídolos” do SBT. Ao longo dos anos, Tiago fez parte de diversos grupos de pagode em Itabira e região. No entanto, hoje tem um projeto solo que leva seu próprio nome.

25/05/24 – Praça do Centenário

Zilvan Lima

Zilvan Lima é arte-educador, bacharel e licenciado em teatro pela Universidade Federal de São João del Rei.  Desenvolve trabalho apoiado na arte como ferramenta para “transver” o mundo.

Causos Enredados tem como mote as reflexões de um andarilho que vende suas redes pelo Brasil. Com tom popular, jocoso e poético, o monólogo tem encantado públicos diversos há 18 anos.

O Trabalho foi tecido homeopaticamente, auxiliado por Wagner Dias, que como bom educador (formado em letras, ator e diretor) alimentou o interesse de Zilvan Lima por literatura e o instigou a conhecer escritores brasileiros de Carlos Drummond de Andrade à  Carolina Maria de Jesus, entre outros.

Nath Rodrigues

Nath Rodrigues é multi-instrumentista, cantora e compositora. Com uma sonoridade que define como brasileira-jazzy-pop, a artista oferece ao ouvinte uma imersão poética na canção brasileira contemporânea, passeando por diversas referências culturais.

Ganhadora do prêmio Flávio Henrique, do BDMG Jovem Instrumentista, do Festival da Canção Todos os Sons e do Festival da Canção da Aliança Francesa, tem participação em trabalhos de músicos renomados no cenário musical brasileiro, como Luedji Luna, Chico César, Maurício Tizumba e Sérgio Pererê.

Lançou seu primeiro álbum solo em 2019 (Fractal) e seu segundo trabalho em 2022 (Fio), além de diversos singles. Seu último lançamento, em outubro de 2023, é o single “Luna”, com participação de Mangaia. Na canção, Nath explora suas raízes latinas ao mesclar português e espanhol.

Maurício Tizumba e Tambor Mineiro

Maurício Tizumba e o Grupo Tambor Mineiro, formado por artistas negras que acompanham Tizumba há 15 anos, se apresentam em uma performance tipicamente mineira, com o objetivo de difundir a cultura afro enraizada nas gerais de minas por meio do canto e da dança, ao som de seus tambores, despertando o interesse do público pela cultura brasileira.

No repertório, Tizumba apresenta cânticos do congado mineiro e música popular brasileira entoados aos ritmos de tambores, gungas e patangomes.

Além de suas realizações artísticas, Tizumba é um defensor incansável da democratização cultural, buscando disseminar a arte em todas as esferas da sociedade.

Seus trabalhos frequentemente alcançam as ruas e comunidades, promovendo a sensibilização para a arte e para a riqueza da cultura negra e brasileira como um todo.

26/05/24 – Praça do Centenário

Banda Mãe África

A Banda Mãe África é formada por 12 integrantes moradores da comunidade quilombola do Barro Preto, localizada em Santa Maria de Itabira. A Banda foi criada em 2015 por músicos da percussão Mãe África, que também é da comunidade do Barro Preto. Propõe levar alegria por meio da música, divulgando a cultura e talentos dessa comunidade quilombola.

Sérgio Pererê e banda

Sérgio Pererê é cantor, compositor, multi-instrumentista, ator e diretor musical. Seu trabalho autoral é reconhecido pelo diálogo que estabelece entre a tradição e a experimentação, pela profusão de sonoridades – com destaque para as referências afro-latinas, e pelo timbre peculiar de sua voz.

Sua poesia sofisticada entrelaça temas cotidianos a enunciados metafísicos e elementos do sagrado de matriz africana, como o culto à ancestralidade e aos orixás.

Já se apresentou em várias regiões do Brasil e em países como  Canadá, Áustria, Espanha, Moçambique, China e Argentina. Sérgio Pererê considera-se amadrinhado pelas raízes banto de Minas Gerais. “Sou um devoto da arte, um artista negro brasileiro”, diz Pererê.

Aninha Felipe e banda

Em uma explosão de talento e paixão que transcende os palcos, Aninha Felipe vem conquistando corações e espalhando a alegria do samba por todo o estado de Minas Gerais.

Com uma carreira brilhante que já somam sete anos anos, essa sambista extraordinária, oriunda de São Bernardo do Campo e criada no Vale do Aço, decidiu não apenas cantar o samba, mas vivê-lo intensamente, levando a todos uma experiência única de música e cultura.

Cortejo e Grupos Culturais

26/05/24 – Praça do Centenário

Manhã

8:00 – Cortejo saindo do Paredão da Tiradentes em direção à Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Celebração Inter-religiosa com as guardas

  • Guarda de marujos Nossa Senhora do Rosário – bairro Água Fresca
  • Guardas de Marujo Nossa Senhora Do Rosário – Serra dos Alves
  • Guarda Nossa senhora do Rosário – bairro Vila Paciência

10h – Apresentação Grupos Culturais

  • Caboclinhos do Mato – Quilombo de Águas Claras, Virgolândia
  • Mães da Terra – Quilombo São Félix, Cantagalo
  • Bumba Meu Boi – Quilombo do Moinho Velho, Senhora do Porto
  • Grupo Misto de Marujada e Dança Tradicional das Mulheres, Quilombo Purificação, Peçanha
  • Grupo de Dança e Canto Tradicional da Aldeia Marueira, Guanhães
  • Batuque do Barro Preto, Santa Maria de Itabira
  • História e Canto do Fogo Borum-Kren, Santo Antônio do Leite, Ouro Preto
  • Filhos da Patrocínia, Moinho Velho, Senhora do Porto
  • As Dandaras, Quilombo Fazenda Esperança, Belo Oriente

11h30 – Roda de Capoeira

Troca de Saberes

PROGRAMAÇÃO

25/05/24 – Unifei – Campus Itabira

07 – Café da manhã e cadastramento dos participantes

08:30 – Apresentação cultural

09:00 – Mesa de abertura e boas vindas

9:30 – Mesa Política “Luta por Titulação de Territórios Tradicionais” – Mediação: Josi

11:30 – Abertura para o debate

9:30 – 12:00 – Oficinas para crianças e juventude

  • Abayomi: aprendendo e construindo nossa história
  • Vivência de Capoeira
  • O lugar onde vivo…: Pertencimento, valorização e resgate cultural. Construção de políticas e poéticas por meio de zines.
  • Rap :detalhes que enriquecem o enredo
  • Ciranda das crianças

12:00 – 13:00 – Almoço

13:30 – 16:00 – Oficinas temáticas (salas)

  • Terapias naturais: saberes ancestrais que curam
  • Ingresso à universidade
  • Instrumentos de gestão territorial e ambiental
  • Economia Quilombola: projeto para criação de rede de produção e comercialização das comunidades quilombolas da Bacia do Rio Doce
  • Engenharia Quilombista:  Montando painéis elétricos aplicados à agricultura familiar.
  • Tranças Nagô
  • Ciranda das crianças

16:00 – 16:30 – Café e apresentações culturais

Oficinas Fala Quilombo

Organização das oficinas: As oficinas ocorrerão no dia 25/05, nos períodos da manhã e da tarde. Durante a manhã as oficinas serão focadas no público infantil/juventude. E na parte da tarde para as demais faixas-etárias.

As oficinas são organizadas e ministradas, em geral, por pessoas negras e quilombolas, abordando temas de interesse das comunidades e coletividades participantes do evento.

Local: As oficinas ocorrerão na Unifei com duração de 2 horas e 30 minutos.

Título: Plantas Medicinais

Objetivo: Fornecer conhecimentos sobre as plantas medicinais, dentro de uma linguagem acessível. O conteúdo se divide em explanação teórica-oralidade, seguida de aula prática, dando ênfase à utilização das plantas. Confluências de conhecimentos entre mestras e mestres. Associada à oficina tem o espaço de cura

Responsáveis:  Marlene Mateus, Iberê Martí, Maria do Carmo SIlva, Maria do Carmo dos Santos e Juvenira Maria da Silva

Título: Ingresso à Universidade

Objetivo: Relato e passo a passo/instrução ao ingresso à universidade (Pública e Privada), através do Enem e da bolsa permanência, uma política pública voltada a concessão de auxílio financeiro aos estudantes, sobretudo, aos estudantes quilombolas, indígenas e em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior e assim contribuir para a entrada, permanência e a diplomação das/dos quilombolas.

Responsáveis: Mariane Araujo Pereira e Tuani Guimarães de Ávila Augusto

Título: Instrumentos de Gestão territorial e ambiental

Objetivo: A oficina tem por objetivo discutir e apresentar alguns instrumentos que podem auxiliar as comunidades quilombolas na gestão de seus territórios, tais como associativismo, organização produtiva, certificação, laudo antropológico, dentre outros.

Responsáveis: Agda Marina e Jesus do Rosário

Título: Economia Quilombola: projeto para criação de rede de produção e comercialização das comunidade quilombolas da bacia do rio Doce

Objetivo: Promover estratégias para produção e comercialização de produtos quilombolas, criação e manuseio de redes sociais. Parceria com órgãos públicos.

Responsáveis:  Dirce Gonçalves, Vinícius Aparecido de Souza, Amadeu Antônio da Silva, Ricardo Ribeiro, Francisca Prates, Priscila Cotta e Frederico Siman

Título: Rap :detalhes que enriquecem o enredo

Objetivo: Promover a reflexão crítica de processos étnicos-territoriais-identitários dos jovens urbanos e rurais, por meio da promoção de escrita e oralidade/musicalidade de rimas e poesias.

Uso e manuseio de equipamentos musicais, eletrônicos. Batalha de rap ou slam logo após a oficina com elementos, frases, pensamentos, reflexões dos jovens participantes.

Responsável: N22

Título: Abayomi- aprendendo e construindo nossa história

Objetivo: Conectar, de forma lúdica, com as  raízes e conhecer mais sobre a cultura afro-brasileira.

Responsáveis: Daiana Silva Araújo e Sirlene Aparecida Araújo Cruz

Título: O lugar onde vivo…: Pertencimento, valorização e resgate cultural. Construção de políticas e poéticas por meio de zines.

Objetivos: Incentivar os participantes a escreverem pequenas histórias, sobre o cotidiano, seus locais e o que os atravessa. Sendo uma prática educomunicativa, impacta diretamente no desenvolvimento da escrita, criatividade, expressão, percepção; e além habilidades manuais. Introduzir a oficina por meio de um exemplo do que é um zine, sua história e finalidade.

Em seguida, ensinar a dobradura e iniciar a produção de zines com pequenas histórias ou poesias, a serem desenvolvidas pelos participantes sobre suas comunidades e seu cotidiano. Os mesmos também farão as ilustrações.

Responsável: Lidyane Souza Querino e Tayna Boaes Andrade

Oficina: Formação Engenharia Quilombista:  Montando painéis elétricos aplicados a agricultura familiar

Objetivo: Ensino do manuseio de painéis elétricos de acionamentos das bombas. Transmissão e compartilhamento de conhecimentos sobre agroecologia e irrigação.

Responsável: João Lucas e Elton Silva

Oficina: Capoeira

Objetivo: A capoeira é uma arte originalmente brasileira, foi criada na época do Brasil colônia pelos os negros escravizados, como forma de expressão da resistente cultural e como uma luta de libertação.

Objetivo da oficina, é levá-la para vários públicos. Atualmente a capoeira é reconhecida como patrimônio imaterial da humanidade.

Responsável: Contramestre Guaiamum e Jéssica Morais

Oficina de tranças

Objetivo: Fazer com que as pessoas aprendam a cuidar do cabelo, explorando  estilos criativos, tendências e inovações. Através do conhecimento da história  das tranças, promover a auto confiança,  a auto expressão, a diversidade e a inclusão.

Responsável: Jordania Aparecida Zacarias Taveira

Ciranda

Objetivo: promover espaços lúdicos e pedagógicos para as crianças, retomando brincadeiras e dinâmicas educativas tradicionais das comunidades, possibilitando a integração do público infantil à proposta do evento e a participação de seus responsáveis, de forma integral e despreocupada, nas diversas atividades da programação.

Responsáveis: Rosa Helena Rodrigues da Silva, Raissa Helena Rodrigues da Silva, Anselma Evangelista Afonso Araújo e Patrícia

Agenda das Oficinas

Oficina Período
Abayomi Manhã
Capoeira Manhã
Zine Manhã
Rap Manhã
Planta Medicinal Tarde
Projeto Economia Quilombola Tarde
Ingresso à Universidade Tarde
Instrumentos de Gestão territorial Tarde
Engenharia Quilombista Tarde
Tranças Tarde

Espaço de Cura

O Espaço de Cura será um cantinho reservado ao cuidado pessoal através de benzimentos, terapias holísticas a partir de saberes tradicionais quilombolas, terapias com plantas medicinais, massagens e atendimento médico da Acolham (Associação Comunitária Liamba Agroecológica da Mata) Agroecologia e Cannabis Medicinal – Viçosa – MG.

Feira

A Feira é um espaço de trocas entre as comunidades com a venda dos produtos que são produzidos nos próprios territórios.

Os produtos serão expostos todos os dias, na Praça do Centenário.

COMUNIDADE MUNICÍPIO PRODUTOS
  1. Torra
Sabinópolis Artesanato e alimentos
2.            São Pedro Santa Maria de Itabira Doces, geleias, molho de pimenta e flores naturais (Helicônias)
3.            Ascaxar Dom Joaquim Doces, artesanatos, conservas, banana frita, pimenta, azeite de mamona e óleo de côco
4.            São Félix Cantagalo Temperos, carne de panela, banana frita, doces, farinha torrada, mel e quitandas
5.            Esperança Belo Oriente Produtos apícolas, quitandas, vinho de jaboticaba, cachaça com banana e abacaxi e defumados
6.            Esperança Belo Oriente Fubá, canjiquinha, quitanda, produtos apícola e tempero
7.            Higinos São Pedro do Suaçuí Doces, corantes, quitandas, queijo, linguiça e geléia
8.            Higinos São Pedro do Suaçuí Frango, linguiça, corantes, tempero, torresmo, doces, queijo e banana frita
9.            Ivo Braúnas Doces, queijo e corante
10.         Indaiá Antônio Dias Café, azeite de mamona, extrato de própolis, farinha de mandioca, banana frita e artesanato
11.         Aldeia Mirueira/ Pataxó Guanhães Artesanato indígena
12.         Purificação Peçanha Artesanato em barro, escorador de porta e pano de prato
13.         Barro Preto Santa Maria de Itabira Artesanatos e cachaça
14.         Felipe Bom Jesus do Amparo Artesanato em palha de milho, de bananeira e quitandas
15.         Maitaca Sabinópolis Gamelas e doces
16.         Jorge da Água Branca Peçanha Arroz vermelho, paçoca de amendoim, tempero com kitoco, corante, requeijão, melado e rapadura
17.         Queiroz Antônio Dias Doces, farinha de amendoim e artesanatos de fibras e cipó
18.         Baú Antônio Dias Artesanatos, doces e quitandas
19.         Indaiá Antônio Dias Quitandas

 

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