“Itabira pode ter também curso de Medicina na Unifei”, diz Heraldo Noronha, que esteve com Reginaldo Lopes em Brasília para tratar do assunto
Foto: Carlos Cruz
O presidente da Câmara, vereador Heraldo Noronha Rodrigues (PT), disse na reunião da Câmara, nessa terça-feira (23), que em março esteve reunido em Brasília com o deputado Reginaldo Lopes (PT), líder do governo na Câmara Federal, quando pediu o empenho do parlamentar, “que muito lutou para a implantação do campus da Unifei em Itabira, para que fosse aprovado o curso de Medicina solicitado pela Funcesi e um segundo pela Unifei”.
“Reginaldo me disse que não só empenharia para ter aprovado o curso de Medicina da Funcesi, como agora foi confirmado, como faria de tudo para o Ministério da Educação também aprovar o pedido para Itabira ter uma faculdade federal de Medicina. Um curso vai complementar o outro, um é privado e o outro público”, defende Heraldo Noronha.
Compromisso
Em vídeo divulgado pelo vereador, o deputado Reginaldo Lopes se compromete a empenhar junto ao Ministério da Educação para aprovar mais faculdades para o campus da Unifei em Itabira.
“A aprovação do curso de Medicina fortalece a entidade filantrópica (o Centro Universitário da Fundação Comunitária de Ensino de Itabira – UNIFuncesi, que acaba de ter o curso de Medicina aprovado, conforme portaria publicada na segunda-feira pelo Diário Oficial da União)”, acentua o deputado petista.
“Mas queremos também viabilizar a instalação da faculdade de Medicina no campus da Unifei”, compromete-se o líder do governo na Câmara dos Deputados. “É um sonho que queremos ver consolidado no município. É possível obter a aprovação dos dois cursos de Medicina para Itabira.”
Projeto pedagógico
O pedido para que seja instalado o curso de Medicina no campus da Unifei de Itabira já se encontra protocolado no Ministério da Educação desde 2014, confirma à reportagem o professor Paulo Sizuo Waki, chefe de Gabinete da universidade federal em Itabira.
“A instalação do curso de Medicina no campus de Itabira foi aprovada pelo nosso conselho universitário. Após isso, entramos com o projeto pedagógico e com o pedido de instalação no Ministério da Educação, o que fiz pessoalmente, acompanhado pelo deputado Reginaldo Lopes. Mas vieram os governos de Temer e Bolsonaro e o projeto não andou”, recorda Waki, que agora vê novamente a possibilidade real de o projeto ser aprovado.
Convênio
Posteriormente, visando a implantação de novos cursos em Itabira, a Unifei assinou protocolo de intenção com a Prefeitura de Itabira, em 30 de junho de 2020.
Pelo convênio, o objetivo é unir esforços para que sejam viabilizados novos cursos, cujos pedidos de abertura estão também protocolados junto ao Ministério da Educação: Ciências da Computação, Engenharias Eletrônica e Civil, Matemática e Administração, além da faculdade de Medicina Federal em Itabira.
Atualmente, a Unifei oferece os seguintes cursos no campus local: Engenharias Ambiental, Mobilidade, Computação, Controle e Automação, Materiais, Produção, Saúde e Segurança e Elétrica.
Nova conjuntura
“Com o novo governo, a situação mudou. O ministro da Educação (Camilo Santana) já disse que pretende abrir novas faculdades de Medicina, o que depois foi confirmado pelo presidente Lula”, diz, otimista, o chefe de gabinete da Unifei.
“Se com os governos anteriores ficamos sem essa perspectiva de aprovar a instalação de novos cursos superiores, agora devemos retornar com o esforço para ter os nossos projetos também aprovados.”
Essa possibilidade, portanto, é real assim como foi a própria instalação da Unifei em Itabira, em 22 de abril de 2008, no segundo governo de Lula. “A expectativa geral é de mais investimentos no ensino superior com o novo governo”, acredita Paulo Waki.
Mais para o futuro, ele diz que há também a possibilidade de protocolar pedido para que se instale um curso de Direito no campus de Itabira, abrindo-se a universidade para o campo das Ciências Humanas.
O professor da Unifei não descarta, inclusive, a abertura de cursos de licenciatura, que é para formar novos professores.
“A proposta é fechar o tripé com os cursos de Engenharia, Direito (Humanas) e Medicina”, defende o chefe de Gabinete da Unifei, que vislumbra também a abertura dos cursos de História, Geografia, Letras.