Impacto da mineração na saúde da população de cidades mineradas é objeto de estudo de biólogo da UFMG
Estudo do ICB, que também mapeou os investimentos feitos pelo governo federal em unidades de conservação, é tema de episódio do ‘Aqui tem ciência’, da Rádio UFMG Educativa
Localizado na região Centro-sul de Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero é considerado uma das maiores províncias minerárias do mundo. Mais da metade de sua extensão é ocupada por mineradoras, empreendimentos do agronegócio e áreas urbanas.
Mas a vegetação nativa se mantém em 45% do território, o que é de grande importância para a biodiversidade brasileira. Os principais biomas presentes são o cerrado, a mata atlântica e os campos rupestres.
Em sua dissertação de mestrado, o biólogo Matteus Carvalho Ferreira analisou os impactos das alterações da paisagem gerados pela urbanização e pela mineração na saúde mental e respiratória de moradores de 22 municípios do Quadrilátero Ferrífero, onde vivem mais de 1 milhão de pessoas.
A pesquisa também fez um levantamento dos investimentos do governo federal nas 18 unidades de conservação situadas em Minas Gerais. Os resultados mostram redução de 73% do orçamento total destinado a essas áreas – de quase R$ 15 milhões, em 2018, para cerca de R$ 4 milhões, em 2019.
O trabalho foi realizado no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre do ICB, sob orientação do professor Flávio Henrique Guimarães Rodrigues.
Saiba mais sobre a pesquisa no novo episódio do Aqui tem Ciência.
Ouça : 66. Os impactos da mineração para a saúde
Raio-x da pesquisa
O que é: Estudo sobre os impactos da urbanização e da mineração na saúde mental e respiratória da população do Quadrilátero Ferrífero, associado a levantamento dos investimentos do governo federal nas unidades de conservação de Minas Gerais
Pesquisador: Matteus Carvalho Ferreira
Programa de Pós-graduação: Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre
Orientador: Flávio Henrique Guimarães Rodrigues
Ano da defesa: 2020
O episódio 66 do Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Alessandra Ribeiro. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.
O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da emissora apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa da Universidade.
O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast, como o Spotify, e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.
FONTE: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/pesquisa-analisa-impactos-da-mineracao-para-a-saude-dos-moradores-do-quadrilatero-ferrifero
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