Fernanda Torres, Demi Moore ou Sofia Gaskon: diretor de cinema analisa a disputa pelo Oscar de melhor atriz

Fotos: Divulgação

Seria uma batalha de técnica entre atrizes de alto nível ou uma guerra de narrativas nos bastidores de Hollywood?

O diretor de cinema Thiago Carvâlhonts, conhecido por sua trajetória no mercado audiovisual internacional, analisou a disputa acirrada pelo Oscar de Melhor Atriz deste ano, que acontece neste domingo (2). Com 17 anos de experiência e diretor do Conservatório de Artes Performáticas de Los Angeles, Carvâlhonts destaca a complexidade da escolha entre Fernanda Torres, Demi Moore e Sofia Gaskon.

Para Carvâlhonts, a disputa deste ano não é apenas sobre atuação, mas também sobre a narrativa que cada atriz representa em Hollywood.

“Se a equipe de Demi Moore não tivesse desenterrado polêmicas de suas concorrentes, o prêmio estaria praticamente nas mãos de Sofia Gaskon. Sua performance foi impressionante e, como a primeira atriz trans a receber um Oscar, representaria um poderoso statement político. No entanto, sua carreira sofreu um golpe mortal com polêmicas envolvendo declarações controversas”, analisa.

Demi Moore, por outro lado, usou sua experiência e influência nos bastidores para alavancar sua campanha. “Ela transformou sua exclusão e o etarismo de Hollywood em um trunfo poderoso. Seu discurso no Globo de Ouro foi um dos mais impactantes da noite.”

Já Fernanda Torres traz uma história cinematográfica de redenção. A atuação dela em Ainda Estou Aqui é brilhante. O simbolismo de ver mãe e filha, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, sendo as únicas brasileiras indicadas ao Oscar, cria um roteiro digno de tragédia grega.”

Thiago Carvâlhonts: “a aposta está Fernanda Torres”, pela sua atuação e narrativa

E o vencedor é…

“Tecnicamente, qualquer uma das três seria uma vencedora justa. O desempate está na narrativa: quem tem a melhor história, o discurso mais forte, a magia que Hollywood quer contar?”, analisa Carvâlhonts.

Para ele, a aposta está em Fernanda Torres. “Hollywood pode escolher a improvável filha que volta ao Oscar para conquistar o prêmio que deveria ter sido de sua mãe ou uma atriz subjugada pela indústria, provando que pode superar o machismo etarista. Mas, como Fernanda Torres disse: vencer ou não, não importa, estar lá já as torna vencedoras.”

 

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