Luiz Linhares*
Já não há mais dúvidas de que o Atlético será o legitimo e merecido campeão brasileiro nesta temporada. Faltando seis rodadas para o fim e com larga vantagem já conquistada contra os rivais diretos não se encontra situação que possa brecar, parar a força do time, de sua torcida e da qualidade montada como base de sustentação em prol de um final feliz.
Acho até que Minas Gerais, na fórmula apresentada pelo Atlético. mostra a todos o que é uma gestão bem feita, estudada, elaborada, com os parâmetros encontrados. É assim que nas duas forças locais futebolísticas o momento se mostra de eficiência e fracasso.
No caso do Atlético, se não bastasse a força de elenco conquistado mediante a capacidade de grupo alavancada pelo seu treinador Cuca, tem-se ainda a fragilização dos adversários pela própria gestão mal elaborada. Escolhas tiveram que ser feitas.
Frente ao Atlético se tornam presas frágeis e de fácil controle. Verdade que o torcedor vem mantendo-se com os pés no chão. Afinal a espera é de 50 anos, o que deixou marcas de frustração evidentes.
É assim que reservam para o grito triunfal quando o título estiver assegurado, afinal o Galo é escaldado e historicamente foi extremamente prejudicado pela arbitram em campo e também no tapetão.
A fórmula para o Galo se sagrar campeão é resultado de uma boa estrutura e uma caminhada impecável. Foi assim que se tornou um gigante em seu continente. Receitas asseguradas fazem do Clube Atlético Mineiro algo que anos atrás parecia impossível.
O time segue em um crescente por dentro e por fora, mesmo em tempos de pandemia. Tudo leva a crer que o galo achou mesmo o seu devido espaço.
Para próxima partida contra o Juventude, no final de semana, o Galo terá o Mineirão lotado mais uma vez. Depois no início da próxima semana enfrenta o time reserva do Palmeiras, em São Paulo. Aí será mais uma vez só sorrisos.
América se acertou e sonha alto, quem sabe até com a Libertadores
Ainda em relação aos mineiros, o América também tem boas notícias, já que encontrou o seu espaço. Aos trancos e barrancos, com as limitações que o próprio esquema lhe traduz, consegue com “boa gestão” fazer um belo Brasileirão e se manter no grupo principal.
Méritos devem ser creditados ao ex-técnico Lisca. Depois veio Mancini e agora tem o desfecho com o novo técnico Marquinhos Santos. O time está montado, dando liga. E consegue agradar na postura em campo e desenvolvimento de jogo. Para quem se preocupava em não cair, disputar uma competição sul-americana é o máximo. Tomara que seja a Libertadores.
Cruzeiro vem de mais um fracasso e permanece por mais um ano na segunda divisão
Pena que nem tudo é só alegria para o futebol mineiro. No lado azul o Cruzeiro continua um fracasso. Vai permanecer mais um ano na série B do Brasileiro. Mas poderia ser até pior, já que o time flertou com o rebaixamento para a terceira divisão, o que seria o fracasso dos fracassos.
Os últimos jogos começaram de forma vexatória, com derrota assustadora em Salvador. Vem agora o Sampaio Correa, no Maranhão. E depois o Náutico, encerrando o ano em BH.
Experimentos seguem com atletas que podem continuar ou não. Difícil trilhar caminhos ao Cruzeiro. Nada é muito claro em termos de apoio, situações definidas e tudo mais.
Certo é que depende de investidores, apoiadores, doadores. A casa continua sem muito comando e as grandes mudanças levam tempo e demandam muito trabalho.
Parece que mais um tempo de sofrimento para o torcedor celeste na esperança que alegrias marquem o novo ano que vai chegar.
*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM.
