Fahrenheit 451

Ilustração de capa de uma das primeiras edições de Fahrenheit 451 (Reprodução)

 Por Glênio Cabral

O Bule – Lançado há 50 anos, o mega clássico distópico Fahrenheit 451, do autor Ray Radbury, nunca foi tão atual.

O livro retrata uma sociedade totalmente entorpecida pelo entretenimento, a ponto de mergulhar num processo de desumanização generalizada, fazendo com que as pessoas vivessem em bolhas alienatórias de pura diversão e prazer, ignorando o verdadeiro caos ao redor.

Ao mesmo tempo, nessa sociedade ler é uma atividade proibida. Afinal, a leitura incomoda, faz pensar, toca nas feridas anestesiadas pela seringa de programas televisivos de massa e afins. Coincidência?

Pra piorar, os bombeiros agora são responsáveis por fiscalizar as atividades ilegais de leitura e queimar as obras aprendidas, numa espécie de inquisição contra o saber.

Em tempos de negacionismos, quando cientistas são perseguidos e acadêmicos condenados à fogueira santa, Fahrenheit 451 lança luz nas trevas que se alastram, mostrando que a luz é sempre uma opção. Uma ótima opção.

 

 

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