Em Israel surge uma nova consciência entre jovens que recusam o serviço militar

Foto: Reprodução

Veladimir Romano*

Jovens israelenses com idade ao serviço armado estão se rebelando contra novas listas de exigência militar resolvidas pelos dirigentes parlamentares e governo.

Desde logo e não sendo de hoje [1998], se levantou o debate sobre o serviço militar obrigatório que em Israel começa aos 18 anos para ambos sexos [Israel é único país no mundo que obriga mulheres ao serviço militar]; criando novos desafios ao exigente sistema defensivo da nação.

No caminho, foram aparecendo grupos objetores de consciência denunciando jovens presas. Segundo a ONG “Rompendo o Silêncio” [Breaking the Silence], 32.9% dos jovens estão fugindo, não querem tomar lugar colaborando em mais ocupações abusivas.

Também a ONG reclama através da recolha de vários testemunhos da velha guarda militar [60 ex-soldados] do serviço das Forças da Defesa de Israel [IDF], relatos de práticas traumatizantes, cultura da intimidação, punição, violações entre estratégias forçando conflitos e bloqueios policiais contra manifestantes pacifistas hebreus.

Com a deslocação iniciada em 1882 desde a Rússia, retomou o povo judeu o legítimo retorno a terras de Sion, partilhando com palestinos territórios históricos.

Do sofrimento assumido como «pura magia do mal», ninguém acreditava que dias seguintes da Grande Guerra, voltassem histerias assassinas, impunes e descontroladas.

Com o nascimento do Estado de Israel, em 1948, ficou uma partilha penosa quando custódias estrangeiras não souberam trabalhar preparando a posição das colônias pelos terrenos ocidentais ao definir a soberania hebraica.

Igualmente com o Partido Likud, que desde 1977, vem destruindo o sistema do “kibutz”, enfraqueceu bases, quando gerações seguintes perderam energias estratégicas pacifistas criadas pelo Partido Trabalhista.

De pouco serviu o Acordo de Amã (2003), como seguidamente outros apoiados pela Rússia, ONU, EUA e UE desde o início deste século… então cresceram violentas ações criminosas matando mais de três mil pessoas, jornalistas, crianças e destruição de bens [o imóvel do tv-canal Aljazeera foi bombardeado e totalmente destruído] na região de Gaza e Cisjordânia.

Com influências da extrema-direita, desentendimentos, desconfiança, infrações, trouxeram atentados suicidas, ódios, voltaram as intifadas sucessivas, colisões militares servindo lições aprendidas no terreno.

Em poucas semanas liquidaram trinta anos de moderação e, novamente, vítimas civis fizeram refletir melhor a sociedade nascendo associações da moral e nova consciência perante a desgraça do endêmico conflito, furacão de problemas existenciais que um dia terão seus resultados positivos.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.

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