Dulcinha Zilah Beatriz         

Na foto, Beatriz Dulcinha Zilah no terreiro de Eugenia Procopio

Foto: Eugenia Procopio

Por Marcelo Procopio

Beatriz Alvarenga – 100 anos: fim em 19/11/2023; Dulcinha Alvarenga – 106 anos: em 16/11/2023; Zilah Procópio – 95 anos: em 18/11/2023

– …a morte faz parte da vida {e vale a pena} se a gente teve tempo para viver (Gilberto Gil)

Dulcinha Zilah Beatriz

todas resolveram ir pra sempre  quase num só movimento

eram minhas amigas,  digo numa felicidade leve-mente-desmensurada
-história

eram minhas tias, a primeira e a última filhas de Dulce Gonçalves e Trajano Procopio (sem acento), irmãs de Cyro e mais 10, que parecem iguais de tão diferentes

e Zilah filha de Rosinha (pois filha de Trajano) e Tôta

todas singulares.
Guimarães Rosa sabia, disse por ele Brejeirinha em A Partida do Audaz Navegante: ‘o amor é singular’

nunca as chamei de tia, nem de senhora muito menos pedi benção. isto se esqueceu num canto fundo da cultura dos Procopio Alvarenga Monteiro – Gonçalves.
– Benigna(s)

então, por isso, mais intimidade, mais possibilidade de discordar e discutir com alguma veemência até e de absorver conhecimento e sensibilidade. – Cultura(s)

tudo de igual para igual. se em pé de igualdade, zero submissão.

Dulcinha Alvarenga o mundo todo, a música literalmente o céu (que tanto sabia) de tanta estrela;

Beatriz Alvarenga a educação universal a física a política a atitude libertária;

Zilah Procópio (com acento) a postura, educadora a doçura do Pau D’Alho (a fazenda era um mundo de todos nós: plantamos vida e até um rego – que ia mover moinhos, cujas águas corriam numa natural canaleta formada de pedra: o belo mínimo é grande). era a prima que foi tia. linda

todas Lindas. como dizer e não verter do olho líquido? Pra Dentro e Pra Fora. tudo a seu tempo. sem nó. ou: com nós é conosco, né…
filosofia primordial.
é primal

Amor transmitido de longe por certo de tão perto, longe: isso traduzido é abraço tímido. já porque de quem tem Laços no pescoço ou nos cabelos e nasce em Minas, mais propriamente em Santa Maria do Itabira.

pra tudo ficar mais junto que fios que tecem a manga Verde-Madura: SMdoI

Repito e Findo, porque elas não voltam mais nem em lugar nenhum. Ficam Literatura.

Dulcinha Zilah Beatriz