Distante do título nacional, Atlético segue em busca de reforços para a Libertadores  

Luiz Linhares*    

Os erros do passado traçam o perfil do futuro com certeza. Acredito que assim, dirigentes e comissão técnica do Atlético já trabalham visando o que vai acontecer neste ano.

O time alvinegro teve um baita tropeço em Goiânia, desperdiçando uma boa condição para brigar pelo título. Se não é a terceira, é a quarta vez que a briga pelo título foi desperdiçada.

O Galo não tem se acertado jogando fora de casa, assim como tem-se tornado frágil quando fica exposto aos contra-ataques fulminantes dos adversários. E tem-se mostrado frágil também na criação.

Mas a disputa pelo título ainda está em aberto e tudo é possível nesta reta final. O que se observa é que não só o Atlético, mas também os demais times que estão no topo da tabela têm tropeçados, descarrilham e perdem oportunidades.

Nesse domingo (7), foi a vez do Flamengo tropeçar quando poderia, pela primeira vez, alcançar a liderança. Nesta semana o Internacional tem uma chance grande de abrir vantagem maior contra o fraco Sport de Recife.

Já o Atlético enfrenta no Rio o Fluminense com a obrigação de vencer se é que ainda quer brigar pelo título e mesmo pela classificação direta para a fase de grupos na Libertadores, garantindo-se entre os melhores.

Nos bastidores houve uma mudança de perfil e a diretoria prossegue na busca de contratações para fazer do Atlético o melhor time da Américas. Deixa o perfil de contratações de novos talentos e abraça a experiência, o perfil vencedor.

É assim que chegam o Hulk, o lateral Dodô que esteve no rival Cruzeiro. E já se fala na contratação do ótimo meia argentino Nacho Fernándes, do River Plate. Comenta-se ainda as contratações do lateral Rafinha, do zagueiro Maicon e do volante Fernandinho.

São contratações que, se confirmadas, mudam por completo o perfil do time atleticano. Se essas contratações de fato ocorrerem, tem-se mais uma vez uma selegalo, mais estilo máster, é verdade, com atletas vitoriosos por onde passaram, com grande experiência nas melhores ligas futebolística do planeta.

E que, juntos, darão ao Atlético a obrigatoriedade de brigar pela conquista de qualquer competição a qual disputar, com grande competitividade.

O argentino Sampaoli assim terá o time dos sonhos e poderá traçar bem as peças, em elenco bem vistoso e com possibilidades de se dar bem.

Uma única dúvida fica pairando sem resposta por quem quer que seja do Atlético. Qual é a contrapartida final para tanto investimento de parceiros, que inclui a construção da Arena, qual é a projeção real de retorno desses investimentos?

Quando se investe em novas promessas sabe-se que o retorno será com o desenvolvimento desses atletas, como é o caso do Arana, do Savarino, com retornos garantidos pela juventude e valorização.

Já com atletas com idade avançada, será que o prazer de vencer e de conquistas já seria um pagamento dos investimentos. Sinceramente não sei. E eles nada dizem.

Com recursos escassos, Cruzeiro busca reforços com planejamento e sem desespero

O Cruzeiro inicia uma nova era com o novo técnico Felipe Conceição, estilo real de hoje o pé no chão. Com tantas dificuldades até que a movimentação de bastidores gira com boas expectativas daqui pra frente.

Para isso, chegam o lateral Alan Ruschel, da Chapecoense, o Felipe Augusto, do América. Comenta-se sobre o possível retorno de Welington Paulista. E há ainda outros que certamente vão colocar o Cruzeiro com uma nova cara e, espera-se, mais competitivo para retornar à série A.

Mas tudo se torna difícil com a falta de recursos. Será mais um ano de provações. Mas o que muda entre o ontem e o hoje é o planejamento sem desespero e sem prever o que não se tem garantido.

Lutar o dia a dia e buscar um azul reluzente para o mais rápido possível é a missão celeste de todos, dirigentes, atletas e torcedores.

Palmeiras perde, mas pode ter se livrado de um vexame maior no Qatar

O Brasil, e já há algum tempo, não tem mais o melhor futebol do mundo. Está longe disso, por sinal.

Mas mesmo assim, eu esperava que o Palmeiras fosse um pouco melhor na disputa do Mundial, no Qatar.

Fez feio, perdeu e não suplantou o apenas razoável time mexicano do Tigres. Não sei se Deus é brasileiro, mas pode ser que nos tenha livrado de um vexame diante dos campeões europeus.

Botafogo é rebaixado e pode perder o seu estádio mais uma vez

O Botafogo já está rebaixado pela terceira vez. Isso enquanto o Cruzeiro se encontra à beira de uma dívida de bilhão de reais e tem-se complicado em todos os aspectos.

Pensávamos que acontecer algo pior com algum outro clube brasileiro seria impossível. Mas não é o que parece com a real situação do Botafogo de Futebol de Regatas.

O time da estrela solitária se encontra em estado falimentar, sem recursos, atolado em dívidas, com prejuízos acumulados – e agora vivendo mais um rebaixamento.

Para piorar ainda mais a situação, a sua renda com transmissão na televisão cai de R$ 70 milhões para algo em torno de R$ 6 milhões.

Está com salários atrasados, sem investidores, patrocinadores E o pior: com dívidas de curto prazo que beiram R$ 1 bilhão.

Dizem no Rio de Janeiro que não se tem meios para fazer o Botafogo se manter na grandeza do futebol carioca e brasileiro. Está longe de conquistas a anos e sem muito de atrativo a se oferecer.

Se nada de diferente acontecer pode a estrela solitária até sumir do circuito futebolístico. É que o clube nem mesmo pode vender o estádio Nilton Santos, penhorado pela mineradora Vale, que seguidamente foi o seu mecenas. A empresa pede a penhora de R$ 3,1 milhões dos cofres do Botafogo por dívida de 1993.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM

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