Diretor do HNSD pede aos itabiranos: “fiquem em casa, estamos vivendo uma situação dramática em Itabira”

O apelo é dramático e não poderia ser diferente, dado o avanço célere da pandemia com o novo coronavírus (Sars-Cov-2) – e o sistema de saúde municipal, que é referência microrregional, já não comporta tantos doentes necessitando de tratamento intensivo urgente.

Quem faz a advertência é Alexandre Coelho, diretor-administrativo do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em entrevista ao repórter Euclides Éder.

Ele, juntamente com os profissionais de saúde, tem acompanhado esse drama diário em Itabira.

Já é sabido que esse cenário se agravou com a chegada da variante P.1, que surgiu em Manaus (AM) e se espalhou pelo país e já circula pelo mundo.

“Profissionais que estão na ponta têm feito jornada dupla e isso tem sido muito cansativo”, disse Alexandre Coelho, que vê a pandemia ganhar dimensões dramáticas (Imagens: Euclides Éder)

Na entrevista, Alexandre Coelho faz um apelo que precisa ser ouvido por toda população itabirana.

Segundo ele, é muito triste o que se tem visto nas duas portas de entrada do Pronto-Socorro Municipal e no Pronto-Atendimento do hospital. A mesma situação dramática se repete no Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC)

“Estamos batendo recordes de atendimento e isso tem interferido muito na rotina e na dinâmica de nossos profissionais, que estão extremamente cansados, extenuados”, disse o diretor-administrativo do HNSD.

Ele vê a pandemia ganhando dimensões aterrorizantes também em Itabira. “Profissionais que estão na ponta têm feito jornada dupla e isso tem sido muito cansativo.”

Conforme ele conta, a crescente demanda por atendimento tem causado muito transtorno e tristeza. É que a ocupação dos leitos de UTI do hospital está em 100% e nas enfermarias já está acima disso.

Essa situação de pré-colapso só não é pior porque o hospital tem adaptado outras estruturas para atender quem chega já com quadro agravado pela Covid-19.

“Não temos vagas no hospital e vai chegar ao ponto de ser preciso atender as pessoas nas poltronas”, prevê, já antevendo um cenário de colapso do sistema de saúde.

“Cidades da microrregião têm pedido vagas e não temos como atender. É preciso que a população fique em isolamento para que as nossas estruturas de atendimento não entre em colapso”, é o apelo que faz.

“Essa doença tem comportado de uma maneira que a recuperação não é rápida. Os pacientes da suplementar (convênios) estão em fila de espera para serem atendidos. Belo Horizonte já não aceita esses pacientes.”

O apelo que ele faz é o de sempre – e que deveria ser observado por todos desde o início da pandemia, em março do ano passado.

“É muito importante que as pessoas fiquem em casa, que respeitem o isolamento. As duas portas de entradas dos dois hospitais estão saturadas”, reafirmou.

Assista o vídeo com a entrevista aqui.

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