Fiscais da Prefeitura e Polícia Militar visitam a mina Conceição para apurar denúncia de aglomeração de trabalhadores na Vale

Após denúncias de aglomerações, sobretudo em obras de construção civil na Vale, que não param mesmo com o avanço da pandemia, assim como as operações na empresa, já que a mineração é considerada “atividade essencial”, fiscais de posturas e da vigilância sanitária, acompanhados por policiais militares do 26º Batalhão, estiveram na Mina Conceição nessa terça-feira (23).

Foram vistoriados alojamentos, refeitórios, áreas de convivência, de embarque e desembarque de passageiros. No momento da vistoria e fiscalização, nenhuma irregularidade foi encontrada. Certamente a visitada foi agendada previamente, para se ter acesso às instalações.

É visível na cidade, e preocupante, o aumento de trabalhadores de fora que executam obras e serviços para a mineradora. Descem dos ônibus com máscaras, para logo em seguida retirá-las – e geralmente andam em grupos, como se não houvesse pandemia, assim como o decreto da onda roxa que obriga usar o equipamento de proteção individual e coletiva.

Hotéis e residências alugadas estão abarrotados desses trabalhadores. Em resposta a este site, a mineradora informou que obras e serviços não essenciais seriam suspensos na onda roxa. Leia aqui.

Mas pelo visto, isso ocorreu: todas as obras em execução, principalmente de reforço de barragens e outras internas, são consideradas prioritárias pela mineradora, que não para pois o país necessita de “divisas”, assim como os acionistas querem resultados crescentes.

Se não fosse regida pelo mercado e pela busca incessante do lucro, para salvar vidas e reduzir o avanço da pandemia na cidade, a mineradora seguiria o exemplo da multinacional Volkswagen – e daria férias coletivas, inclusive aos trabalhadores terceirizados. Leia aqui. Mas isso ela não vai fazer – e nem é cobrada por vereadores, prefeito e autoridades de saúde.

Aviso prévio

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, as equipes de fiscalização municipal verificaram o cumprimento dos protocolos sanitários, descritos na onda roxa do programa Minas Consciente.

Mas não informa se foi encontrada alguma irregularidade. A assessoria informa que foram supervisionados os alojamentos, refeitórios, áreas de convivência, de embarque e desembarque de passageiros.

O gerente de Construção da mineradora, Alan Medina Ferreira, disse aos fiscais que o empregado que descumpre os protocolos pode ser advertido e até demitido.

E assegurou que a empresa adota todas as medidas para evitar aglomerações. Citou como exemplo a separação do ponto de entrada e de saída dos empregados na troca de turnos, com intervalo de meia hora entre a saída e a chegada para o trabalho. Isso, assegurou, evita a concentração de trabalhadores no registro de ponto.

Disse ainda que, a cada 21 dias, todos os empregados da Vale são submetidos ao teste de Covid-19, localizado na mina Cauê, o que implica em deslocamento de trabalhadores. Na nota distribuída pela Prefeitura não foi informado se os trabalhadores terceirizados são também testados.

 

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1 Comentário

  1. A Vale S/A é parte do grande projeto estrangeiro EUA para matar brasileiros, menos gente, menos oposição.
    Só besta defende a Vale S/A, que não é serviço essencial pra brasileiro, é pra gringo.
    Me irrita a adoração do povo pela Vale S/A. Complexo de vira-latas.
    #Fora Vale S/A.
    #ValeS/A, Genocida.
    Mariana Brumadinho, lembra?

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