Dia Internacional da Liberdade de Imprensa: pouco a comemorar
Imagem: Reprodução/STF
Rafael Jasovich*
A data de hoje (3/5) celebra o direito de todos os profissionais da mídia de investigar e publicar informações de forma livre.
Informação é poder, e por isso a tentativa de controlar os meios de comunicação sempre existiu e se chama censura.
A Censura é o contrário da Liberdade de Imprensa, e é comum nos regimes ditatoriais não democráticos.
Mas a luta pela liberdade de imprensa é constante, porque mesmo nos regimes democráticos a censura pode aparecer de variadas maneiras.
Historicamente foram cometidos muitos crimes contra a liberdade de imprensa, principalmente durante a Ditadura Militar no Brasil.
Origem
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), por meio da Decisão A/DEC/48/432 de 1993.
A data foi criada para alertar sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas que são torturados ou assassinados como conseqüência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais.
Os fatos, e não as mentiras devem guiar as pessoas quando escolhem os seus representantes.
No entanto, embora a tecnologia tenha transformado a forma como recebemos e partilhamos informações, às vezes também é usada para enganar a opinião pública ou para alimentar a violência e o ódio, disseminando fake news.
“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, como propagava o ministro da propaganda nazista Joseph Goebels, infelizmente, tem virado uma expressão verdadeira para os seguidores do presidente Bolsonaro, como vemos recorrentemente nas redes sociais de grupos extremistas de direita.
É essa prática que o STF, e a sociedade brasileira, não podem tolerar.
Rafael Jasovich é jornalista e advogado, ativista da Anistia Internacional