De poesia e sobre o conflito mundial, escrevo com a Alma Riscada

Foto: Carlos Barria/Reuters

Daniel Cruz*

O meu compromisso de escrever aqui, na Vila de Utopia, não tem data, ordem, nem tema definido. Aos poucos, o leitor vai se acostumando, ou não.

Acontece que tenho um motivo justo para demorar a escrever. É que lancei o meu segundo livro nesta semana e foi uma bela correria com eventos em BH e Itabira e já até ultrapassei a minha expectativa (achei que venderia um livro e já foi uma centena!).

Daniel Cruz no lançamento de Alma Riscada, seu segundo livro de poesia, em Itabira (Foto: Divulgação)

Mas, com tantos acontecimentos no país e pelo mundo, seria muito egoísta se ficasse aqui, neste site, só escrevendo sobre a minha felicidade com a recepção e o carinho de quem prestigiou o lançamento de meu segundo livro de poesia Alma Riscada, pela Editora Ramalhete.

Nesse período eu cheguei a escrever um texto sobre a questão do rol taxativo da Agência Nacional de Saúde (ANS0 que prejudicaria milhares ou até milhões de pessoas, porém a justiça adiou o julgamento. Então, vou deixar guardado para a hora certa.

Pensei então em escrever sobre a Rússia, que decidiu atender à população de Donestk que não se sente ucraniana. Ok, pode não ser bem assim.

Essa guerra que tanta notícia e preocupação tem gerado já vem acontecendo há anos. A Rússia pressiona e suaviza o extremo leste ucraniano.

Os moradores daquela região falam russo e não ucraniano. Não ficaram contentes com o fim da União da República Socialista Soviética (URSS) já que o dinheiro da Ucrânia ficou em Kiev e eles saíram no prejuízo.

Além disso, a Rússia finalizou o maior gasoduto da Europa que só depende da autorização da Alemanha para tornar o país ainda mais rico e ameaçados aos europeus.

O problema é que no caminho existe uma pedra chamada Ucrânia que dificulta os planos de domínio russo e este gasoduto. A Alemanha pressiona não autorizando e os Estados Unidos impõem sanções econômicas.

Mas o que os EUA têm a ver com a história?

É fato que a China já ultrapassou os Estados Unidos e se tornou a maior potência econômica mundial. É assim que, a menos que ocorra uma guerra, o cenário será de crescimento chinês e da queda do longo Império americano.

Por isso vários jornais passaram a noticiar aquela guerra que já acontecia em volta da Ucrânia como um cenário ainda mais alarmante e até a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os Estados Unidos se movimentaram.

É um conflito que envolve muitas partes e muitos interesses e nada de fato está acontecendo ao mesmo tempo em que tudo acontece nos bastidores.

Putin oficialmente declarou guerra à Ucrânia, que está cercada pela Bielorrússia, cujo governante foi eleito e é controlado por Putin, e pela Polônia, que será a rota de fuga e de apoio. O primeiro grande conflito europeu do século começou. E, nós brasileiros, o que temos com tudo isso?

Como um mero jurista não vou me atrever a falar de ciência política. O que me preocupa é como o Brasil vai se posicionar sendo que de um lado temos nosso maior comprador, a China, e do outro o tradicional e assustador Estados Unidos.

Somos dependentes de ambos, e ficar no muro seria ótimo. Só que o presidente Jair Bolsonaro foi a Rússia, o que significa, aos olhos do mundo, que o país assumiu um lado nesse conflito

Quais reflexos isso poderá gerar na nossa sociedade que ainda está em guerra contra a invisível pandemia e a pobreza que se agravou em todo o país? Haverá impacto aqui? Esta pergunta eu ainda não sei responder. O que você acha, caro leitor?

*Daniel Cruz Fonseca é advogado, mestre em Direito nas relações econômicas e sociais, e poeta, autor dos livros “Nuvens Reais” e “Alma Riscada”.

 

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1 Comentário

  1. Caro poeta, você é advogado e o que parece não é positivista, meno male! Sobre a Rússia: pata o Brasil não faz diferença a balança comercial Brasil/Rússia, é baixa monta. E depois basta comparar o camarada Putin e o imbecil do Biden, quem vence a parada?

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