Barragem Santana recebe obras de reforço e tem nível de emergência retirado, informa a mineradora Vale
As barragens B5/MAC, Marés II, Santana e Paracatu tiveram suas condições de segurança e estabilidade atestadas
Fotos: Divulgação
Informe Especial
As barragens B5/MAC (Nova Lima), Marés II (Belo Vale), Santana (Itabira) e Paracatu (Catas Altas), todas em Minas Gerais, tiveram o nível de emergência encerrado nesta semana e obtiveram suas Declarações de Condição de Estabilidade (DCE) positivas, atestando a segurança das estruturas. Com isso, a população do Estado ganha um reforço na segurança antes do período de chuvas.
Na barragem Santana, da Mina Cauê, em Itabira (MG), foram realizadas obras de reforço no barramento, o que resultou em condições satisfatórias de segurança e operação, com a consequente emissão da DCE.
A estrutura tem a função de conter sedimentos e armazenar água, foi construída pelo método a jusante e contém cerca de 14 milhões de m³ de sedimentos e água.
As emissões das DCEs são resultado de uma profunda transformação na gestão das estruturas de disposição de rejeitos da Vale, direcionada pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas melhores e mais rigorosas práticas internacionais do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês).
A empresa assumiu o compromisso formal de adequar todas as suas barragens de rejeitos ao GISTM até 2025. Na prática, isso significa que a fiscalização, monitoramento e a transparência das informações relativas às barragens estão sendo aprimorados continuamente. O foco prioritário é a segurança das pessoas, a redução de riscos e cuidados com o meio ambiente.
Todas essas ações foram comunicadas aos devidos órgãos, conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e na legislação brasileira, incluindo a Agência Nacional de Mineração (ANM) e a auditoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que acompanha os trabalhos nas estruturas.

Corredor Sul
A barragem B5/MAC, na Mina Águas Claras, em Nova Lima (MG), teve seu dique interno construído pelo método de alteamento a montante (Dique Auxiliar) completamente descaracterizado recentemente, o que melhorou as condições de estabilidade do barramento e viabilizou a obtenção da DCE.
A descaracterização do Dique Auxiliar ainda será avaliada pelos órgãos competentes. A B5/MAC está inativa desde 2000 e contém em torno de 15,5 milhões de m³ de rejeitos. De 30 barragens a montante no total, o Dique Auxiliar da B5/MAC está entre as 12 estruturas já eliminadas desde 2019.
Na barragem Marés II, na mina Fábrica, em Belo Vale (MG), a Vale empenhou um longo trabalho de estudos e investigações geotécnicas, além de instalar novos instrumentos e desenvolver campanhas geofísicas fundamentais para atestar a segurança da estrutura e obter a DCE. A barragem Marés II foi construída em etapa única e contém aproximadamente 158 mil m³de sedimentos.

Corredor Sudeste
Já o dique Paracatu, na mina Fazendão, em Catas Altas (MG), que se destinava à contenção de sedimentos, está sendo eliminado, uma vez que já não é necessário para as operações locais. No estágio atual das obras, a estrutura obteve a DCE positiva.
Com a eliminação total do dique, será realizada a solicitação de descadastramento da estrutura nos órgãos competentes. O dique continha cerca de 14 mil m³ de sedimentos que foram dispostos em pilha de estéril na mesma mina, conforme autorização prévia dos órgãos competentes.

Segurança e prevenção
As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e 7 dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa, além de receberem inspeções regulares de equipes internas e externas, que agem prontamente quando são necessárias ações preventivas ou corretivas.
Além disso, com objetivo de desenvolver e fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades onde atua, a Vale, em parceria e alinhamento com as Defesas Civis Municipais, cumpre um cronograma de testes de sirenes e exercícios simulados para orientar a população em caso de emergências envolvendo barragens.
A empresa já implementou 93 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) em estruturas localizadas em Minas Gerais e no Pará, nas unidades de negócios Ferrosos e Metais Básicos no Brasil.
Entre as atividades previstas nos PAEBMs, estão o cadastro de todos os residentes e estabelecimentos localizados nas Zona de Autossalvamento (ZAS) de barragens, instalação de sinalização de emergência, definição de pontos seguros, orientação da população sobre rotas de fuga, simulados internos e externos e testes do sistema de alerta das estruturas.