Atlético perde, mas Flamengo tropeça e vantagem permanece. Foco agora é na Copa do Brasil

 

Luiz Linhares*

Que Atlético e Flamengo estariam polarizando as disputas sul-americanas não é novidade para ninguém. Impressionante como até nos tropeços os dois vão se equiparando. O Atlético encerrou uma sequencia de dezoito jogos sem saber o que é derrota e na mesma rodada o Flamengo também tropeça jogando no Maracanã, com quase toda a titularidade de seu elenco e empata com o modesto Cuiabá.

De certa forma anormal é a própria sequência de invencibilidade apresentada pelo Atlético. A ansiedade que se instala há 50 anos por uma conquista de Brasileirão muito das vezes inibe pensamentos desta normalidade e causa quase uma situação de casa arrasada.

Longe disto, uma derrota contra um adversário modesto e sem pretensões na competição, somado a perda de pontos contra o lanterna em rodadas passadas, servem como um grito de alerta.

É certo que cada disputa pode ser traiçoeira. Afinal, todos têm os seus objetivos e brigam por eles. E a própria história já escreveu quanto a inúmeras vantagens desperdiçadas por outros e em inúmeras situações.

Tudo é possível de acontecer em uma competição longa. Mas o Galo tem força no elenco e de concentração. É assim que se pode dizer que a situação do Atlético é altamente tranquila, confortável. Requer apenas um pouco mais de ação contra adversários de nível inferior.

Foco pela vitória e ações concretas de valorização do conjunto e na eficiência em tudo que se cria. Disse o próprio treinador Cuca, após a derrota em Goiânia, que se o aproveitamento atleticano se mantiver no patamar que vinha será disparadamente vencedor com inúmeras rodadas de antecedência – e isso se daria em patamar anormal e inimaginável.

Como todo cuidado é pouco, iniciamos a semana das semifinais da Copa do Brasil quando o Atlético enfrenta o Fortaleza, em Belo Horizonte. Terá decidir no jogo de volta fora de casa a sua sorte em outra decisão.

Fazer acontecer, com folga e méritos é necessidade. Tem o palco, tem a torcida jogando junto e tem time para tal. É outra decisão, e como tal, não repedir o papel da libertadores é de suma importância. É preciso fazer valer a superioridade de time e elenco, com jogo inteligente e letal, levando o Atlético a uma final.

Cruzeiro precisa urgentemente de mecenas esportivos

O Cruzeiro empatou com o Botafogo e praticamente deixou o páreo do improvável para o quase totalmente improvável em subir de ano como se faz um garoto do ensino fundamental.

Daí em diante veio paralisação de atletas ou uma greve por salários atrasados. Somente no último domingo, depois de muita conversa e quase promessa de empresários de boa vontade com o clube avalizando um acerto de contas, que voltaram às atividades e terão na próxima sexta feira mais um duelo pela divisão segunda do brasileiro contra o Avaí em solo catarinense.

A vida celeste não está fácil, com percalços mil a caminho, receita zero, ações inúmeras e soluções também zero ou lentas que requerem entendimentos burocráticos no sentido de legislação e por aí afora.

Tomara que encontrem uma luz atuante e pessoas que possam estabelecer caminhos que possam realmente reerguer o centenário Cruzeiro Esporte Clube. Somente uma união completa podem levar, em médio prazo, à volta do gigante destroçado.

Mancini deixa o América que busca novo técnico para permancer na elite do Brasileiro

O técnico Wagner Mancini foi a aposta do América para tentar se manter na série principal do Brasileirão após a saída do Lisca. Como sempre o fez de forma competente por onde passou.

Mostrou trabalho e conseguiu junto ao comando diretivo americano contratar bons reforços, o que colocou o Coelho em uma situação aceitável e com chances reais para obter algo acima do esperado.

Aí chega o Grêmio e lhe oferece um novo desafio em condições financeiras bem melhores. E Mancini deixa o Coelho na mão, se demite como já o havia feito na temporada passada e na mesma condição no Atlético Goianiense.

Certo que com multa rescisória, ou seja, lá o que for se quebra um trabalh. E como não é legal quando os clubes demitem os técnicos com contratos vigentes diante de seguidas derrotas, também não foi legal o que fez o ex-técnico americano.

Tomara que o América acerte com quem vem para a sequência e se mantenha no grupo principal.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-Am.

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