Após décadas de abandono, prefeito de Itabira promete dar início à restauração do casarão do antigo HNSD com o fim das chuvas

Fotos: Carlos Cruz

O prefeito Marco Antônio Lage (PSB) anunciou, em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (26) na sala de reuniões do reformado Paço Municipal Juscelino Kubitschek, que a restauração do histórico casarão do antigo Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), localizado na rua Major Paulo, no centro histórico de Itabira, terá início assim que terminar o período chuvoso.

A restauração é urgente e é uma demanda de muitas décadas de Itabira, para que não se repita o trágico fim do antigo casarão do Gynásio Sul-Americano, na rua Guarda Mór-Custódio, também no centro histórico, que, em meados da década de 1980, literalmente e criminosamente tombou ao chão – e hoje não passa de mais uma fotografia de Itabira na parede de Itabira, outra perda incomparável entre tantas, a maioria irremediável.

Restauração e integração cultural

 

Há décadas o casarão do antigo HNSD está abandonado e aguardando restauro: que venha já!

A restauração do antigo hospital, que inclui a incorporação de anexos como a casa da esquina da rua Major Paulo, que também pertenceu à Irmandade Nossa Senhora das Dores, hoje da Prefeitura de Itabira, está orçada em R$ 8 milhões.

“Temos assegurados recursos de incentivo fiscal da ordem de 20% e esperamos captar mais, inclusive da Vale, mas também há previsão orçamentária para concluir a restauração do casarão do antigo hospital”, adiantou o prefeito à reportagem.

Projeto deve incluir o restauro das calçadas, inclusive com retorno das pedras de hematita na rua Major Paulo, além da retirada de asfalto nas rampas e no adro da igrejinha do Rosário

Segundo Marco Antônio Lage, o projeto prevê transferir para o casarão do antigo HNSD a Biblioteca Municipal Luiz Camillo de Oliveira Netto, que hoje funciona no Centro Cultural, transformando-o em um amplo espaço de cultura, com galerias para exposições, juntamente com uma biblioteca pública viva e moderna.

“O projeto inclui a integração do casarão com o lote de baixo, que será desapropriado, criando um ambiente cultural diversificado e completo,” projeta o prefeito, que também promete a revitalização de todo o entorno histórico

Para isso, deve incluir a retirada do asfalto no adro da igrejinha de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e das rampas atrás do Museu de Itabira, onde estão o jardim e o busto de Cornélio Penna, além do restauro das poucas calçadas de hematita que ainda restam em Itabira, de tantas perdas incomparáveis.

Novos espaços
De imediato, é preciso que a zeladoria da Prefeitura providencie o reassentamento das pedras que estão soltas na Major Paulo antes que sejam levadas como souvenir.

Além disso, o terreno de baixo do antigo hospital, que já pertenceu à Prefeitura, mas foi leiloado em administrações passadas, deve ser readquirido e integrado ao projeto, criando um complexo cultural que inclui uma passarela ligando os dois espaços.

Além disso, a Escola Livre de Música, hoje instalada na Casa do Brás, na rua Guarda-Mór Custódio, será transferida para outro casarão já adquirido pela Prefeitura, que fica entre o Museu de Itabira e o grupo escolar Coronel José Batista.

“Com a transferência, a Casa do Brás voltará a ser o polo audiovisual, dedicado à fotografia e ao cinema”, projeta o prefeito. “Vamos ter todo esse circuito cultural entre a Casa do Brás, passando pela rua Tiradentes, até a igrejinha do Rosário e a biblioteca pública viva no antigo hospital”, anuncia o prefeito já para o início de sua nova gestão 2025-28.

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1 Comentário

  1. Uma bela notícia a construção de um prédio para abrigar a biblioteca Municipal criada pelo grande e fabuloso Luís Camillo de Oliveira Neto. O Luís Camillo sabia que fazer história não é para covardes, portanto, parabéns ao prefeito da cidade violada. LCON criou a Biblioteca Popular de Itabira e o mestre Cornélio Penna desenhou o ex-líbris para ela. Trilogia itabirana: Trilogia: Cornélio + Luís Camilo + Marco Antônio.
    Agora falta ao prefeito anunciar uma estátua de 50 metros de Luís Camilo, grande como era a Pico do Cauê para orientar a travessia do Povo e vingar a destruição da Serra do Cauê. Viva! Viva! Viva! Tenho dito!

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