Antes tarde do que nunca: Prefeitura de Itabira cria brigada de combate a queimadas e incêndios florestais para atuar com o Corpo de Bombeiros
Queimada em Itabira na tarde desta quinta-feira (5). Cadê os fiscais da Prefeitura para autuar os proprietários que colocam fogo ou que permitem que propague?
Foto: Reprodução
Após meses de estiagem forte, e ainda sem data para terminar, com incêndios florestais em várias áreas do município, além de queimadas por toda a cidade, enfim a Secretaria Municipal de Meio Ambiente anunciou, nesta quinta-feira (5), no auditório do Parque Natural Municipal do Intelecto, o início das operações das atividades da recém-criada Brigada de Incêndio no município.
A brigada será formada por meio do Instituto Bromélia, uma organização social criada inicialmente para atuar na gestão e combate a incêndios no Parque Natural Municipal Alto do Rio Tanque, na Serra dos Alves. Os brigadistas vão atuar sob o comando do Corpo de Bombeiros Militar.
Para isso, os brigadistas receberão instruções sobre como combater queimadas e incêndios florestais no núcleo urbano e zona rural de Itabira.
Antes tarde do que, nunca. Afinal o município vem sendo castigado pelas queimadas e incêndios florestais de grandes proporções desde o início do período seco. Já em abril a cidade registrou os primeiros focos de queimadas, conforme vem noticiando este site.
Desde então, o ar rarefeito tem se tornado ainda menos respirável na cidade e em todo o município. Itabira precisa dispor urgentemente de um programa eficaz de combate a essas ocorrências, assim como um amplo e vigoroso programa de educação ambiental nas escolas e por todos os meios disponíveis.
E, sobretudo, é preciso ter fiscalização em toda a cidade, que é para coibir a prática de queimadas em lotes vagos e quintais, com punição pecuniária aos infratores, aqueles que ainda praticam essa forma arcaica de limpeza do terreno eliminando o mato seco pelo fogo.
Medidas mais duras precisam ser adotadas também contra aqueles que colocam fogo no mato pelo simples prazer de ver se alastrar, degradando ainda mais a qualidade do ar em Itabira, que sofre também neste período com o arraste de poeira carregada de pó de minério vindo das minas da Vale.
Embora seja dificil identificar os responsáveis, caso não sejam pegos em flagrante delito, é fácil indentificar pelo cadastro da prefeitura os proprietários que colocam fogo em lotes vagos e nos quintais.
O que os fiscais da Prefeitura estão esperando para autuar e agir com rigor com esses proprietários que fazem queimadas?
Itabira espera e aguarda respostas mais contundentes do poder público municipal no sentido de coibir essa prática tão nociva ao meio ambiente e que degrada ainda mais a saúde da população, congestionando os hospitais e pronto-socorro para o atendimento aos que sofrem com doenças respiratórias.
É urgente que se puna exemplarmente esses piromaníacos que agem até então impunemente na cidade.
Nas condições atuais, está até mesmo difícil responsabilizar a mineradora Vale pela má qualidade do ar na cidade neste ano.
É que as fuligens das queimadas e dos incêndios florestais estão contribuindo, neste momento, muito mais para alterar os índices da qualidade do ar, extrapolando os limites admissíveis pela legislação.
Isso não exime a mineradora pela poluição do ar, com o despejo de poeira na cidade. Mas com a concorrência dessa tempestade imperfeita, que, infelizmente, não é de água que está escassa sem possibilidade de chuva nos próximos 15 dias, as fuligens e fumaça dos incêndios e queimadas florestais afetam ainda mais a qualidade do ar neste momento.
É assim que não há nem mesmo como multar a Vale, mesmo que ela não pague, pelo despejo do pó preto de minério de ferro no ar carregado de dióxido de carbono e de outros poluentes na atmosfera de Itabira.
Para saber mais sobre a poluição em Itabira acesse o Portal do Ar e acompanhe o panorama de Itabira em tempo real
https://meioambiente.itabira.mg.gov.br/custom/cfg_qual_ar.aspx