Itabira vive situação de alerta de surto de dengue, chikungunya e zika
Com o período chuvoso, aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypti com a água parada em recipientes abandonados abertos e expostos ao tempo.
É o que constata mais uma vez, em todos os bairros de Itabira, de acordo com mais recente Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), com dados coletados entre os dias 24 e 28 de outubro, pelos agentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O resultado é preocupante pelo risco de a população contrair doenças como a dengue, zika e a chikungunya. Em Itabira, o índice de infestação está em 5,6%, bem acima do percentual de 1% considerado satisfatório pelas autoridades em saúde.
Com esse índice elevado, Itabira se encontra em alerta de surto dessas doenças, cujo vetor é o mosquito fêmea do Aedes aegypti. O município não é um caso isolado, e reflete o que se passa em todo o país, onde ainda não existe cultura de prevenção dessas doenças.
Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que o número de casos de dengue no Brasil subiu quase 185%, entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado, alcançando a marca de 1,3 milhão de notificações.
Monitoramento
Para se chegar a esse índide infestação em Itabira, agentes da SMS visitaram 1.825 imóveis urbanos. O levantamento permite, além de detectar focos do inseto, definir ações eficazes, com participação dos moradores, para eliminar os focos e elaborar estratégias para proteger a população.
Entre os imóveis visitados, 33,6% dos focos estavam em depósitos móveis (vasos de plantas, bebedouros, frascos, e outros), 29,5% em depósitos passíveis de remoção (latas, plásticos, baldes etc.) e 20,5% em depósitos ao nível do solo (caixa d’água, tambor, tonel e outros vasilhames).
Segundo a secretária municipal de Saúde, Clarissa Santos, para combater o mosquito e reduzir o risco de surto dessas doenças, é preciso que cada um faça a sua parte eliminando os possíveis focos do mosquito dentro de casa, nos jardins e quintais.
“Não deixe água parada em qualquer lugar aberto, impedindo que o mosquito deposite seus ovos e se prolifere”, é o que pede a secretária de Saúde, que conta com a colaboração de todos os moradores. “São doenças que podem até matar”, adverte.
Como se prevenir
O principal meio de impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti é impedindo que ocorra acúmulo de água parada. A medida é importante não somente no período chuvoso, mas durante todo ano. Isso porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença. Porém, idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar; falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
Algumas pessoas ficam assintomáticas e outras apresentam sintomas ainda mais graves, como hemorragia. Ao apresentar sintomas, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar atendimento médico.