Pitacos da rodada esportiva

Atlético faz “gol contra” em campo e no maltrato com a imprensa

Foi sem dúvida nenhuma uma semana de muita movimentação de bastidores essa que passou. O Atlético foi o alvo das atenções dando um show espetacular de trapalhadas, amadorismo e mostra profunda de um comando diretivo bem adverso.

O caso Osvaldo de Oliveira e o colega jornalista Leo Gomide, da Rádio Inconfidência, foi a prova clara de como as coisas nos grandes clubes devem chegar aos ouvidos do torcedor no seu dia a dia. Antigo o fato de se querer subsidiar e determinar como, quando e de que forma algo vai ser publicado ou informado. É lamentável saber que imposições fazem o dia a dia, que perguntas têm que seguir uma linha traçada e quem não os faz será tratado como inimigo.

Despreparo inicial de todos, a começar pelo treinador bastante abalado pela pobre produção de seu grupo ou sei lá o que mais, transtornado até, impondo situação ao repórter que procurava não se submeter aos trejeitos de paz total. Um diretor de futebol que traz tanta saudade do Maluf que certamente, se aqui estivesse, salvaria a instituição e provocaria um equilíbrio nas atitudes com pensamento certamente no abraço das partes. Enfim, sem ele restaram palavras desencontradas, prejulgamento e condenação. Do que se deduz que para o Atlético só vale jornalismo chapa branca. Todo esse triste episódio é consequência da falta de equilíbrio e de recursos para administrar uma crise que teve no lance da coletiva a implosão que não era sua.

Um presidente que diz não comentar futebol e é mandatário de um dos maiores clubes de futebol do país, preocupado e com razão na situação dramática financeira que recebeu o clube, proíbe a entrada do repórter nas dependências do clube. Fez um prejulgamento de uma causa que acho perdida por falta de provas, se as tem, de forma falada, num estilo chapa branca que bem conheço. Por fim, o que era para ter sido inicial, se tornou o caminho final que foi a demissão do treinador. Situação final, era para ser uma bombinha caseira, mas turbinada pela falta de trato com a imprensa que não seja a áulica, tornou-se um foguete super potente. Não chega ser uma bomba atômica, mas certamente estrago fez e fará.

Se em campo o futebol já não estava lá estas coisas, na esfera do atrito treinador / repórter. o que se viu no Acre foi um futebol lamentável. E a classificação que era questão de obrigação se tornou dramática. Na sequencia uma derrota no Independência pelo Campeonato Estadual foi o que se viu, para agravar ainda mais a crise. Um time com mudanças e sem nada de interessante, perde o jogo, perde a paciência do torcedor. E um trabalho que já era pra ser definitivo volta a estaca zero, ficando para Cuca, Abel Braga ou sei lá quem vai chegar com a missão de colocar no prumo o que não se conseguiu neste inicio de temporada.

Melhor em campo, melhorar na gestão é preciso e de forma urgente.

Cruzeiro voa alto em céu de brigadeiro           

Por outro lado, para o time adversário, seu principal rival em Minas Gerais, o céu até aqui é de brigadeiro. Nada melhor que vencer ganhar e ganhar. Isso traz consigo confiança, estabilidade e paz para procurar encontrar sempre o melhor.

Tem o Cruzeiro recebido por parte da imprensa esportiva nacional, ao lado do Palmeiras, o rótulo de estar entre as duas melhores equipes do futebol brasileiro na atualidade. Verdade, pelo menos até aqui, pelos resultados que tem alcançado, com ampla vantagem no estadual, vitórias que encantam pela rotatividade de ações ofensivas, gols bonitos. Ressalte-se ainda os destaques individuais de peças que chegam e conseguem mostrar qualidade. Tem sim um time e vai conseguindo formar um belo grupo para não fazer feio nas importantes disputas que chegaram. As peças estão se encaixando e à perfeição, pelo que se observa pelo bom futebol nas quatro linhas do gramado.

O Cruzeiro é o único clube que tem conseguido colocar mais de 30 mil torcedores em campo por jogo como mandante. Trata-se de uma média excepcional para início de temporada e pela fase da competição. O torcedor quer time vencedor, quer qualidade em campo. E a receita é está, o resto a Deus pertence.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM

 

 

 

 

 

 

 

 

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