“Forjas e espaços de liberdade nas Minas do ferro: comunidade e sociabilidade entre trabalhadores afrodescendentes e africanos, Termo de Itabira, 1808-1888”

Imagem: Reprodução

Maura Silveira Gonçalves de Britto

A minha tese de doutorado em História já se encontra disponível online no Repositório Institucional da Universidade Federal de Ouro.

A pesquisa aborda as relações estabelecidas entre afrodescendentes e africanos que se envolveram com as atividades de produção e transformação do ferro nas Minas do ferro, sobretudo nas localidades referentes ao Termo da vila de Itabira do Mato Dentro, entre 1808 e 1888.

Analisa a natureza dos arranjos de trabalho firmados entre tais escravizados, libertos e livres no âmbito de uma sociedade em que as atividades agropecuárias, minerárias (de ouro e de ferro) e de transformação articulam-se ao processo de reordenamento econômico da Província de Minas Gerais, ao longo do século XIX.

Nesse contexto, buscou-se compreender o universo dos trabalhos com o ferro e como o ofício de ferreiro permitiu a esses sujeitos ampliar espaços de autonomia, estabelecer laços conjugais e de sociabilidade em outras esferas do convívio local, no espaço urbano da Vila de Itabira.

A transmissão dos saberes do ferro, atrelada aos aspectos de vizinhança, às experiencias urbanas e à convivência confraternal do Rosário, apresenta outros elementos à vivência e agência desses cativos e libertos em outros espaços de sociabilidade, para além do mundo do trabalho.

Através de algumas trajetórias desses artífices, analisadas nessa pesquisa, fora possível observar o papel da comunidade em seu processo de libertação, tendo em vista como o saber fazer do labor do ferro, na Vila de Itabira Oitocentista, forjara outras formas de existir e viver, entre a escravidão e a liberdade.

Acesse o texto pelo link: https://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17925

Da autora leia mais também aqui:

Historiadora descreve como eram as práticas do ofício de ferreiro em Itabira e as suas relações sociais no século XIX

E também aqui:

Homens de carne nas Minas do ferro

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