Breve comentário sobre o Orçamento Participativo, invenção do PT que Marco Antônio Lage adota em Itabira
Assembleia do Orçamento Participativo no distrito de Ipoema, Itabira, MG
Foto: Ascom/PMI
Marcelo Procopio*
Pelo que li, aqui na Vila de Utopia, o Orçamento Participativo (OP), adotado em Itabira pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB) me pareceu parecido, na dinâmica, com o modelo criado a partir dos governos de Patrus (PT) e Célio de Castro (PSB).
Depois o governador Fernando Pimentel (PT) destruiu a dinâmica da participação pública e presencial, quando o povo propunha várias obras, selecionava-se algumas e votava-se elegendo as prioridades por região.
(aqui a mídia chama região de regional, mas não é o do Caçulinha, e a Prefeitura de BH chama a sede das regiões de administração regional. regional pode até ser sinônimo de região, mas é uma forma regional caipira como gosta de ser a globo minas).
Voltando no Pimentel: com ele, o orçamento participativo passou a ser por voto eletrônico, por e-mail ou sei lá como pra época.
Limitou-se a participação e o número de obras. E tinha a malandragem do governo.
Uma que lembro: uma determinada região tinha apenas duas obras pra escolher no voto eletrônico.
Uma outra era transformar a antiga cadeia/delegacia em centro cultural; a segunda era urbanizar um córrego por onde corria esgoto a céu aberto mais um matagal com ratos e doenças.
Óbvio, né, ganhou a urbanização. A cultura que se dane.
Mas o problema maior não era esse. Era que urbanizar. além de ser necessário era obrigação política de saúde pública do governo municipal. Obra inadiável. não era uma escolha apenas pois.
Para terminar, não sei como é o processo em Itabira. mas fiquei cabreiro com o fato de que as obras vencedoras já tenham de antemão os seus valores definidos. Como assim? O dinheiro total já estava definido no dia da votação?
Confesso saber pouco do OP de Itabira, apenas o que li neste site, um texto mais factual que analítico. Gostaria de merecer resposta do porque já ter custos pré-definidos e o que isso significa.
*Marcelo Procopio é jornalista.