Racismo, embargos e corrupção: conceitos derrotistas que permanecem do ex-presidente Donald Trump
Foto: Nicholas Kamm/AFP
Veladimir Romano*
Compreender a sociedade moderna e a originalidade do sistema democrático onde o capitalismo foi retirando efeitos reais da economia é imprescindível para perceber que quem perdeu gradualmente na essência objetiva e genérica com esquemas de alienação, consequente vazio de poder social cada vez menor, têm sido as próprias camadas populares.
Gradual ausência, reduzido espaço verdadeiramente ideológico ainda que se identifiquem representações parlamentares, engana essa soberania popular onde pressupostos teóricos não são mais do que agentes se apropriando da produção financeira.
Recentes casos relacionados com o ex-presidente Donald Trump e seus servidores, quando advogados com algum prestígio caíram na lama, demonstra como o poder corrompe quando dele se servem grupos de interesse comum, dados em ultrapassar todos e quaisquer obstáculos éticos a todo o custo.
Nada respeitam, leis não existem, limite fica no Inferno. Compadrio, proveito, engano, indecoro, promiscuidade, descontrole administrativo, dependência especuladora, fabricaram várias tipologias desta corrupção tão grosseira como a que andam assaltando economias mundiais.
Mecanismos políticos capitalistas construíram na terceira geração do século 20 superestruturas bancárias, quando aplicam intervenções político/jurídicas de conveniência numa miscigenação na defesa e proteção das fortunas, mas em prejuízo do coletivo que se deixou vencer pela inércia, sistemas de crédito fácil onde tudo parece doce e maravilhoso.
Tal sentimento individualista favorecem personalismos estruturantes, quando foram ultrapassados princípios introduzindo igualmente limites ao mesmo tempo intoxicando processos tidos como democráticos, no qual povos de países do capitalismo periférico seguem mantendo dependência.
Na volta da quadra, dissimulando, seguem nomeadamente efeitos permanentemente desnaturados desta combinação multiplicadora dos interesses elitistas como depois, dominantes, de lamentar o comportamento do partido Republicano, um histórico da independência dos Estados Unidos.
Assim, sendo, não surpreende com quanta agressividade Donald Trump e os seus companheiros procuram iludir tribunais, seduzir o público, o sistema fiscal, governos estaduais e o mundo.
São movimentos perigosos procurando influenciar outras sociedades e, naturalmente, suas elites extremistas. E assim essas ideias evoluem por meio de conflitos pelos que procuram hegemonias, pretensões conquanto fanatismos perturbadores.
E seguem com embargos, discriminam etnias, alimentam a corrupção, com conceitos derrotistas. É preciso, é urgente que se aprenda sobre esse processo, antes que seja tarde para o mundo reclamar pelo engano.
*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.