Festival de Artes Negras de Itabira propõe valorizar a cultura afro-brasileira desde o povoamento à cata do ouro de aluvião
Acontece entre os dias 22 e 31 de agosto o primeiro Festival de Artes Negras de Itabira (Fani), com programação descentralizada.
Serão dez dias de muitas atividades, com exposições fotográficas, oficinas diversas, gastronomia, palestras, roda de conversa, artesanato, shows musicais em diversos bairros da cidade, em espaços abertos, com todas as atividades gratuitas.
O Festival é uma realização da Diretoria de Promoção da Igualdade Racial, da Prefeitura, em parceria com a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).
O festival é oportuno e necessário por destacar a importância da população negra no desenvolvimento cultural de Itabira desde os primórdios de sua ocupação, com a exploração de ouro de aluvião no córrego da Penha, por onde se deu o povoamento da cidade.
É essa matriz africana que será destacada e exaltada no festival, resgatando a sua história e cultura que perduram nos dias de hoje, incorporadas à culinária, hábitos, costumes e vivências seculares.
Além de buscar preservar e divulgar esse legado, o festival propõe também fortalecer o intercâmbio da cultura afro-brasileira, destacando essa herança que se tornou comum a todos os brasileiros.
O festival antecede, e é uma preparação, para o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em todo o país no dia 20 de novembro, depois de ser instituído pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011.
A data faz referência à morte de Zumbi, então líder do histórico quilombo dos Palmares, situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na Região Nordeste do Brasil.
Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, em um massacre de bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho.
É considerado herói à resistência à escravidão no Brasil, o que resultou na formação de muitas comunidades quilombolas, como as do Morro Santo Antônio e Capoeirão, em Itabira, e do Barro Preto, em Santa Maria de Itabira.
Confira a programação aqui.
Viva Norberto Bitinho!
Quero fubá suado, por favor.