A terceira via na corrida presidencial não acha candidato competitivo em disputa plebiscitária
Foto: Roberto Stuckert/PR
Rafael Jasovich*
O vaivém de João Doria (PSDB-SP), que anunciou a sua saída da corrida presidencial para em seguida voltar atrás, numa jogada de marketing, além da desistência de Sergio Moro (União Brasil) de disputar a Presidência da República, antecipada por este site, ampliaram as indefinições na terceira via para criar uma candidatura competitiva às de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
A mudança no xadrez político das eleições deste ano tem ocorrido com muitas movimentações. Moro saiu do Podemos, que o chama de traidor. E se filiou à União Brasil, mas já sofre resistências dentro do novo partido, o que o levou a anunciar que abria mão, neste momento, da disputa à Presidência.
Na avaliação de aliados de Lula e Bolsonaro, as mudanças fortalecem a polarização entre os dois primeiros colocada nas pesquisas. Apesar disso, na terceira via, alguns setores consideram haver a oportunidade de unificação em torno de algum nome mais competitivo.
Se for mantida a decisão de Moro de não se candidatar à Presidência, restam no campo da terceira via Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB), o deputado federal André Janones (Avante) – e o próprio ex-governador João Doria, que renunciou ao cargo para se habilitar para a disputa sucessória.
Eduardo Leite (PSDB-RS) também corre por fora para tentar se viabilizar. A ideia desses partidos é tentar fechar com um nome de centro direita até meados do ano para fazer frente a Lula e Bolsonaro.
Mas pelo andar da carruagem a eleição presidencial será mesmo plebiscitária, com a disputa acirrada entre Lula e o capitão-presidente Jair Bolsonaro.
A conferir