América tem mais uma partida decisiva nesta semana contra o Corinthians pela Copa do Brasil

Luiz Linhares*

O América faz nesta semana mais um jogo importante da temporada. Venceu na semana passada e fez bonito com a vitória em São Paulo. Jogou pelo regulamento e acabou se saindo melhor que a encomenda.

É um time mais certinho, melhor arrumado e estabelecido em campo. Para a próxima disputa, precisa esquecer a vantagem e fazer seu jogo. Afinal, a pressão é toda corintiana.

Pelo que tem jogado, o Coelho merece passar, acredito que irá repetir a boa atuação do primeiro jogo. O melhor caminho para neutralizar o adversário é não se expor em demasia, tentar contra atacar e jogar em velocidade quando estiver com posse de bola.

O Coelho já demonstrou que tem time para encarar o Corinthians. Mas precisa respeitar a força do adversário, que está acostumado a atuar em extrema pressão.

Atlético decepciona mais uma vez e é goleado jogando fora de casa

Atlético tem alguns dias para treinar e corrigir o posicionamento em campo da defesa ao ataque (Foto: Pedro Souza/Divulgação). Já o América tem se acertado e enfrenta a segunda partida contra o Corinthians (Foto: Estevão Germano)

Aguardei o final da segunda feira, dia de Finados, para tirar minhas conclusões e acompanhar mais um jogo do Atlético fora de Belo Horizonte. Esperava que fosse apresentado algo diferente, uma postura oposta ao que vinha acontecendo e deixando o time muito vulnerável.

Acabou que o fracasso foi ainda maior. O momento não é dos melhores, a equipe caiu de qualidade, sem que as peças de ligação apresentem a contundência de partidas anteriores.

O Atlético foi decorativo em campo, desfilou com a posse de bola. E quando necessário, quem teve uma pegada mais forte, um ritmo mais elevado no jogo, foi o Palmeiras, que acabou vencendo por goleada o rival alvinegro.

Sempre tive a ideia de que a melhor defesa é o ataque. Mas o certo é que a conjugação tem sido muito mal interpretada por Jorge Sampaoli no time atleticano, que tem volume de jogo, mas só isso.

Quando se faz necessário o estilo guerreiro, vingador que sempre foi tônica no Galo, isso não tem ocorrido. E olhe que no time tudo parecia ir bem, quem sabe isso volta a ocorrer na próxima partida contra o Flamengo, que não será fácil.

A defesa do Galo marca com espaçamento, está sempre descoberta, principalmente pelos seus alas que praticam o futebol de apoio e nada em recomposição.

O ataque segura por demais a bola. Não gira, fica muito estático em posicionamento e finaliza mal. Dessa forma, contra atacar o Atlético tem sido missão das mais tranquilas: o time se oferece para ser golpeado.

Contra o Palmeiras o time não teve o Keno, suspenso. Com o Sasha inicialmente fora do jogo, ficou um vazio pela esquerda que tentou compensar o treinador com a entrada de Marquinhos no segundo tempo, mas foi sem efeito. Na definição de área o Marrony recebeu a oportunidade e também nada acrescentou.

O garoto sensação argentino Matias Zaracho recebeu sua primeira oportunidade começando o jogo. Mostrou técnica, mas prevaleceu a falta de entrosamento e de adaptação. Certamente não é o cara para resolver os problemas atuais de criação e ligação em que atravessa o grupo.

Enfim, o Atlético mais uma vez foi abaixo do esperado e, convenhamos, levar de três ficou muito pesado, perdendo assim a chance de isolar na frente, recuperando a vantagem de pontos frente aos demais concorrentes direto.

Perder para o Palmeiras, se fosse fora a elasticidade do placar, não seria nada anormal. Mas o que mais tem preocupado é o baixo rendimento do Atlético quando joga fora de casa, ainda que sem a presença do torcedor adversário. É improvável ter uma resposta para a baixa produção.

Vem agora o returno, já no próximo domingo contra o Flamengo de novo, jogando em casa. Na sequência pega o Corinthians e Ceará fora. Serão testes cruciais para se tentar retornar com a proposta inicial em relação ao que se reserva esta temporada nacional.

Cruzeiro melhora com Felipão, com quem mantém-se invicto com nova desenvoltura em campo

Com Felipão o Cruzeiro tem se acertado em campo, mas precisa vencer mais de 70% das partidas para votar à primeira divisão (Foto: Gustavo Aleixo/Divulgação)

Em Minas Gerais costuma ser assim: quando o Atlético cai de produção, o Cruzeiro melhora. E vice-versa. O time celeste, mesmo que não de forma brilhante, vem respondendo bem ao que lhe é aplicado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão.

Com ele, o time já soma duas vitorias e dois empates nos quatro últimos jogos. Com a possibilidade de reforços e a confiança de volta, o time volta a vencer. São fatores que com certeza darão ao time uma melhor performance e assim lutar contra o mais improvável de momento.

Vencer o máximo, de preferência em uma sequência antes inimaginável. Só assim pode reverter e acreditar que é possível voltar a ser grande.

Com toda certeza, a presença do Felipão tem sido primordial e essencial para tudo que venha a acontecer. A garotada e o grupo em geral vão abraçar a causa e vão se matar em campo bem ao estilo da competição. O rodado e vencedor Felipão foi uma tacada de mestre sem dúvida.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-MG

 

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