Greve da Itaurb continua nos próximos dias

A greve do funcionalismo municipal, aprovada em assembleia do dia 9 de maio, não conta com a adesão dos funcionários da Prefeitura e do Saae, mas obteve a paralisação de toda a coleta de lixo na cidade, com participação dos motoristas e coletores da Itaurb.

Caminhões de coleta de lixo parados no pátio da Itaurb (Fotos: Carlos Cruz)

A data-base da categoria é em fevereiro, mas desde então as negociações não avançaram. O sindicato reivindica 24% de reajuste salarial. “É o mínimo necessário para repor as perdas salariais dos últimos anos, sem que represente um centavo de ganho real”, explica Priscila Miranda Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais de Itabira (Sintsepmi), que já não conta com esse reajuste.

A greve deve ter continuidade nos próximos dias, uma vez que a Prefeitura não irá atender as reivindicações básicas da categoria. “Diante da situação que vivemos, não temos como dar reajustes que causem impacto financeiro”, adianta Ilton Magalhães, secretário municipal de Governo.

Ele deve se reunir amanhã com os representantes do sindicato para tentar por fim à greve. “Não é que o prefeito não queira dar reajuste. As finanças do município é que não permitem”, explica Magalhães. A posição do governo frusta a expectativa da categoria.

Grevistas aguardam contraproposta da Prefeitura

Cartão alimentação

Segundo a sindicalista, uma assembleia da categoria só deve decidir pelo fim da greve caso a Prefeitura decida pelo menos reajustar o vale alimentação para R$ 300, além de estender o teto desse benefício para quem recebe até R$ 3 mil.

“Isso, também, não temos como conceder”, afirma o secretário de Governo. Atualmente, o servidor municipal recebe R$ 192 de vale alimentação, enquanto o trabalhador terceirizado recebe R$ 370. A reivindicação inicial da categoria é de que a Prefeitura reajuste o vale alimentação para R$ 400.

Motivos para a greve não faltam

A greve do funcionalismo municipal foi aprovada em uma assembleia, no dia 9 de maio, por pouco mais de 60 servidores. Mas só no sábado conseguiu a adesão da totalidade dos motoristas e coletores da Itaurb, além de parte significativa dos varredores. Os demais funcionários da Itaurb, da Prefeitura e do Saae não aderiram à paralisação e trabalham normalmente.

Serviço essencial

A Itaurb é uma empresa pública de economia mista, sendo 98% de seu capital da Prefeitura e 2% do Saae. Por ser o serviço por ela prestado considerado essencial, no caso de a greve continuar, a Prefeitura deve entrar com uma liminar na justiça para assegurar que pelo menos a metade dos servidores da Itaurb retorne ao trabalho.

Lixo já se acumula na cidade

A lei determina a manutenção de pelo menos 30% dos serviços essenciais. Com a adesão dos motoristas e coletores da Itaurb, a coleta de lixo foi totalmente interrompida.

 

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4 Comentários

  1. greve de cia de limpeza urbana é dura da silva, pois O Povo não tolera a catinga. e sejamos absolutamente sinceros qualquer reivindicação de trabalhadoras (es) de coleta de lixo deve ser atendida. é mais ou menos assim: quando a gente dá moedinha de esmola é o que está na sobra da carteira consumista e o lixo que produzimos é uma sobra, no caso do brasil, sobra rica, negligenciada; o que se joga de comida no lixo é uma ofensa.
    Que as trabalhadoras (es) da Itaur resistam, eles são gloriosos porque rebelam. viva a classe trabalhadora de itabira.

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