Uma vez que quem tivesse gás e petróleo era rico

Veladimir Romano*

Em geral, o homem age tendo em vista a sua inteligência e não a sua força bélica. Tendo em vista os bens, atrás, existem os interesses e, nas constatações alarmantes, quando as descobrimos, já fica tarde, para nada positivo servindo implicadas existências vinculadas pelas teorias conspiradoras, denominação comum entre o homem usando seus instrumentos martelando nos conceitos do entendimento onde o imaginário passa a dispositivo simbólico, conexões e consequências.

Da realidade religiosa, condimento histórico, castigos ou punições e o mundo passou a coisa qualquer onde nem o jornalismo escapa. Foram destruídas sedes da histórica Associated Press, do canal Aljazeera e dos correspondentes estrangeiros residentes em Gaza, incluindo jornalistas independentes.

Inerentes aos problemas, aparecem outros temas nutridos, elaborações duma extensão por vezes nem sempre visível logo no imediato mundo que se rege por conquistas, domínios, falsas modéstias, incursões ameaçando certos equilíbrios da ordem.

A entrada do general Ariel Sharon (1928-2014) na política [sendo primeiro-ministro entre 2001/6], criando o partido Likud, foi abrir portas para que hoje o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (1949) pudesse um dia liderar a nação cumprindo seu plano pouco, ou mesmo nada debatido publicamente.

A questão das riquezas do gás natural e do petróleo, abundantes no subsolo de Gaza: entretanto, tendo gente que acha essa riqueza não chega para todos, quando muito podendo fazer desta região do globo exemplo solidário de povos onde o processo cultural, língua, hábitos e valores se separam como fronteiras invisíveis, outras, não obstante, podendo aproximar, então, qualquer gênero de vida seria capaz de construir a unidade que anda faltando no Oriente Médio, lugar de civilizações bem antigas.

Segundo estudo desenvolvido pelas Nações Unidas no começo do ano 2000, justo quando a última “Intifada” arrebentou no mês de setembro, logo também Israel iniciou novas estratégias de ocupações, esquecendo assinaturas e compromissos fronteiriços aceites aquando da Corte Judicial Internacional Permanente [PCIJ], estabelecendo primeiras marcações fronteiriças datando desde 1928, dando lugar depois à fundação da República de Israel, no dia 14 de maio, 1948, com aprovação e reconhecimento das nações árabes.

Entretanto, com a ONU favorecendo Israel, em detrimento dos palestinos, daí que saíram primeiros confrontos provocados em conjunto por sírios e egípcios. Contudo, as primeiras lutas do povo hebraico, foi deliberadamente contra ingleses, para que desocupassem a região e foram ações terroristas aquelas afastando a Coroa Britânica dessa ocupação colonial.

O Likud, melhor que ninguém, sabendo qual o trabalho a fazer, desde Ariel Sharon, a estratégia é conquistar territórios, quando não impondo pressão bélica atiçando a ignorância dos terroristas do Hamas, justificando seguidamente outra resposta também violenta. No relatório das Nações Unidas [https://unctad.org/system/files/oficial-document] na mudança do século, abrange profundo conhecimento do subsolo onde se albergam riquezas de petróleo e gás natural com ramificações nos territórios de Gaza, cobrindo inclusive a costa marítima.

Tudo isto avaliado na época, excedendo nas equivalências uma média de 146,3 bilhões de dólares no valor das reservas desse gás, quando no petróleo, alcançam 653,5 bilhões da igual notinha verde.

As perguntas ficam clarificadas: segurança e proteção? Campanhas preventivas? Quanta violência exclusiva contra quem nem exército te,? Por que a Mossad não extermina o Hamas? Então a panaceia desenhada pelo governo de Benjamin Netanyahu [grande apreciador das estratégias suicidas e mentiras do ex-presidente Donald Trump], não será aceitável, criando ele o seu Holocausto.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano

 

 

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1 Comentário

  1. Vladimir, além do petróleo tem água no território Palestino.
    A Palestina é uma nação de 10 mil anos. Foi roubada.
    Os israelense estão de vingança ao nazismo.
    É o fascínio pela estupidez da morte assassinada.
    O Estado de Israel é uma farsa.
    Viva o Povo Forte da Palestina!

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