Triar canta com a orquestra da FCCDA, neste sábado, às 19h, na igrejinha do Rosário

Fotos: Carlos Cruz

A tricentenária igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, na Penha, centro histórico de Itabira, a única ermida barroca que resta na cidade, será palco e adro de um encontro muito especial, neste sábado (13), às 19h.

O grupo vocal Triar, com os belíssimos vocais de Janaina Mendonça, Carol Assad (especialmente convidada) e Zeca Rodrigues, fará coro com a orquestra de Câmara da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), numa bela conjugação de vozes e instrumentos musicais oitocentistas (cordas e sopros).

A apresentação acontece pelo 50º Festival de Inverno de Itabira. O repertório já anunciado é com uma seleção de clássicos de compositores octogenários da música brasileira, com obras de Edu Lobo, Roberto Menescal, Milton Nascimento, Gilberto Gil, João Donato, Chico Buarque.

Essa será a segunda apresentação do Triar com a orquestra de Câmaara, sob regência do maestro Cláudio Fernandes Lage. A primeira apresentação foi no teatro da FCCDA, em 18 dezembro do ano passado.

Triar no primeiro concerto-show no teatro da FCCDA, em dezembro do ano passado (Foto: Aguinaldo Ferreira/Divulgação)

“Tem sido uma experiência maravilhosa cantar com a orquestra da fundação, um concerto-show misturando o popular com o erudito, agora com o requinte de ter como palco uma igreja barroca, histórica como é o cinquentenário festival de inverno de Itabira”, festeja o músico e arranjador Zeca Rodrigues.

“Cantar com a orquestra é outro patamar, uma mistura muito boa que agrada aos ouvidos. E nos remete à própria história, vai ser uma mistura maravilhosa, uma trindade”, promete.

A mesma expectativa tem a itabirana Janaina Mendonça, para quem cantar na igrejinha do Rosário com a orquestra é uma experiência que merece ser repetida muitas vezes.

“Não vou dar spoiler, mas teremos a participação de Carol Assad, com a sua voz aveludada cantando com a gente. Ela é de uma família musical, uma convidada muito especial do Triar”, conta a cantora, musicista e também arranjadora.

“Estamos felizes com essas parcerias e mais ainda por cantar na igrejinha do Rosario e pela primeira vez com o Triar no festival de inverno de Itabira, numa data tão especial de seu cinquentenário”, festeja Janaina, salientando também a qualidade sonora da histórica ermida. “É uma igreja pequena com uma acústica muito boa, um palco muito especial”, elogia.

Carol Assad lembra que já esteve em Itabira por duas vezes, cantando com o BeBossa, outro grupo vocal do Rio, liderado por Zeca Rodrigues, pelo próprio festival de inverno. “Estou muito feliz de voltar a cantar em Itabira, agora com o Triar acompanhado de uma orquestra. Tenho certeza que o público vai gostar.”

Heranças atávicas

Triar na exposição Madeiras do Brasil, na Fazenda do Pontal, com o luthier Cássio Martins

Em visita à exposição Madeiras do Brasil, com mostra de violões e violas fabricadas pelo luthier itabirano Luiz Cássio Martins, na Fazenda do Pontal, (aberta ao público até 21 deste mês), Janaina comentou o encontro de tradições musicais. “Cassinho aprendeu a fabricar violão e violas com o seu pai e Carol Assad é de uma família com várias gerações de músicos”, observa a artista itabirana.

A família Assad é conhecida por suas contribuições inovadoras à música instrumental e clássica. O pai da Carol, Odair, e o tio Sérgio são conhecidos com o Duo Assad, um dos duos de violão mais respeitado do mundo.

Já a tia Badi Assad é violonista, cantora e compositora, também reconhecida como virtuosa por suas interpretações criativas de clássicos populares no violão.  Outra figura musical importante da família é a prima Clarice Assad, filha de Sérgio, compositora, pianista e vocalista bastante conhecida na cena musical brasileira.

“Foi uma surpresa para mim essa exposição de violões fabricados em Itabira. Não imaginava encontrar tantos instrumentos reunidos de boa sonoridade e com fino acabamento. Não sou violonista, mas sou de uma família de violonistas e observo que são instrumentos de alta qualidade”, elogia.

Janaina Mendonça também tem a mesma opinião. “É muito bacana ter em Itabira um luthier que constrói instrumentos com essa qualidade e com história que é também familiar”, salienta. “Eu também não sou violonista (ela é pianista), mas vou encomendar um ukulelê (instrumento musical de cordas originário do Havaí) para ter um instrumento do Cássinho, que tem muitos violões e violas espalhados Brasil afora.”

Zeca Rodrigues dedilhou vários violões que estão em exposição. E aprovou. “São de alta qualidade, nada deve aos melhores instrumentos fabricados no Brasil e no exterior”, compara e elogia.

Serviço

Concerto da Orquestra de Câmara da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade e grupo Triar

Local: Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Rua do Rosário, 48 – Penha)

Horário: 19h

Entrada franca

Exposição Madeiras do Brasil

Mostra de violões e violas fabricadas em Itabira

Luiz Cássio Martins (luthier itabirano)

Período expositivo: 04 a 21 de julho

Segunda a sexta-feira, no horário de 8h às 18h |

Sábado e domingo, no horário de 10h às 16h

Local: Fazenda do Pontal (Rua Maria Julieta Drummond, s/n – bairro Campestre)

Confira a programação do Festival de Inverno de Itabira aqui.

 

 

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